Após ação de coleta, Sema faz diagnóstico dos resíduos sólidos de praias de Salvador
Estratégia visa criar resoluções para a poluição nas praias da capital

Foto: Divulgação/Sema
Após ação de coleta de resíduos em praias de Salvador, nesta quarta-feira (08), a Secretaria do Meio Ambiente (Sema) vai realizar um diagnóstico, com o perfil dos usuários e empreendedores, a fim de produzir soluções para o problema.
A ação de coleta aconteceu em parceria com a ONG Rede Viva Mar Vivo, em três praias de Salvador: Cantagalo, Amaralina e Jaguaribe. Agora, serão produzidas resolução de conflitos e ações para a melhoria da situação.
O superintendente de Políticas e Planejamento Ambiental da Sema, Tiago Porto, apontou que foram coletados de 2 a 3 mil materiais em cada uma das ações, formando uma média de cinco itens por metro quadrado.
"Se projetarmos essa média por toda extensão das praias da capital baiana, isso é um volume imenso. Com a finalização do diagnóstico iremos dialogar com parceiros, cooperativas de materiais reciclagens, o setor privado, a prefeitura de Salvador, para pensarmos numa solução integrada”, disse.
Além disso, ele afirma que “o diagnóstico final será elaborado a partir da coleta dos resíduos nas praias, separação e identificação dos materiais por categoria. Após essa etapa, analisaremos a pesquisa realizada com os frequentadores da praia e empreendedores locais, para entender o ciclo dos resíduos nas praias e possíveis indicações de melhorias. Vale destacar que essa ação faz parte de um conjunto de projetos da Sema relacionados ao gerenciamento costeiro do estado”.
O plástico, principal material coletado, tem uma degradação extremamente lenta, se fragmentando em pequenas partículas plásticas (microplásticos) ao cair no oceano. Assim, o material acaba indo para a cadeia alimentar de animais marinhos, causando a morte deles e interferindo no ciclo reprodutivo de muitas espécies.