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Após disputa judicial, BNDES divulga 68 supersalários de funcionários acima de R$ 60 mil

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Após disputa judicial, BNDES divulga 68 supersalários de funcionários acima de R$ 60 mil

Levantamento revelou que pelo menos 82 empregados recebem acima de R$ 39,2 mil

Por Da Redação
Após disputa judicial, BNDES divulga 68 supersalários de funcionários acima de R$ 60 mil
Foto: Reprodução

Depois de uma disputa judicial de sete anos e o último recurso no Supremo Tribunal Federal (STF), o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) passou a divulgar os valores dos salários de seus 2.642 funcionários. Um levantamento realizado pelo UOL mostrou que 68 empregados que não ocupam cargos de confiança, receberam acima de R$ 60 mil brutos mensalmente nos últimos meses.  

O site revelou ainda que um grupo de pelo menos 82 empregados recebe valores acima do teto constitucional de R$ 39,2 mil, o que corresponde ao salário de um ministro do STF. Sobre isso, o BNDES afirmou que o chamado "abate-teto", recurso que impede o valor acima do teto, não se aplica na empres porque é uma estatal "não dependente" da União. 

Desde 2017, o banco só divulgada os salários do presidente, hoje Gustavo Henrique Moreira Montezano (R$ 82,7 mil), dos oito diretores (de R$ 77 mil a R$ 81 mil) e conselheiros. A ação judicial teve início em 2013, quando o procurador da República no Rio de Janeiro, Carlos Alberto Bermond Natal, solicitou que o banco fosse obrigado a abrir todos os salários na internet. 

Do grupo de 73 empregados, 27 recebem mais de R$ 70 mil brutos por mês. Dois economistas, os campeões no quesito salário, recebem R$ 78,1 mil mensais. Eles entraram no banco em 1992 e 1993. Todos os meses caem nas suas contas R$ 52 mil líquidos, já livres de qualquer imposto ou desconto. Eles ganham até mais do que três diretores do banco.

Outro grupo de 41 empregados recebe de R$ 60 mil a R$ 68 mil brutos, o que permite uma remuneração líquida que vai de R$ 40 mil a R$ 45 mil.

Resposta do BNDES

O BNDES informou que "existem diversos fatores que justificam salários em qualquer organização, inclusive e principalmente o tempo de casa". "O último concurso público ocorreu em 2012, há oito anos. A média etária do banco é de 44 anos e a média de tempo de casa é de 14 anos. Este é o fator preponderante para os atuais salários praticados no BNDES. O somatório dos adicionais por tempo de serviço (ATS), quando atinge valores maiores, corresponde ao elevado tempo de casa do profissional em questão."

Sobre os valores, o banco afirmou que "é a primeira empresa pública federal a publicar tais dados de maneira individualizada. Logo, não temos conhecimento sobre os salários praticados nos demais bancos públicos". "Cabe ressaltar que as empresas privadas também não fazem a divulgação dos salários de seus funcionários nem de seus planos de cargos. Há exceção nas companhias abertas (públicas ou privadas) que, por obrigação legal, divulgam o total anual pago a seus dirigentes, assim como uma média mensal estimada." 

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