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Após exigência de teste de covid, fila de quase 2 mil caminhões se forma na fronteira da Argentina com o Chile

Os veículos já estão parados há 2 dias. Problema também ocorre na fronteira com a Bolívia

Por Da Redação
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Após exigência de teste de covid, fila de quase 2 mil caminhões se forma na fronteira da Argentina com o Chile

Foto: Reprodução/G1

Cerca de 2 mil caminhões estão parados há dois dias na fronteira da Argentina com o Chile, formando longas filas próximo ao argentino do Paso Cristo Redentor, a principal ligação entre os dois países, na Cordilheira dos Andes. O "congestionamento" teve início após o governo chileno exigir que os caminhoneiros apresentem testes negativos de Covid-19, como informou os trabalhadores de transporte argentinos. 

No chile, também há longas filas na fronteira com a Bolívia. "Estou nesta fila há cinco dias. Tem sido horrível porque não temos comida nem serviços básicos", afirmou o motorista de caminhão Juan Vargas à agência de notícias Reuters.

"Tenho uma cama aqui, mas não é o mesmo que descansar em casa. Tenho outros cinco colegas compartilhando e cozinhando no meu [caminhão]. Temos apenas alguns mantimentos, mas não podemos passar o dia todo sem comida", explicou o caminhoneiro.

Como mostra um recente estudo binacional, cerca de 900 caminhões argentinos cruzam diariamente a passagem Cristo Redentor, a partir da província argentina de Mendoza. Em 2018, mais de 580 mil caminhões cruzaram a fronteira.

"Em algum momento, a rede de suprimentos vai ser cortada. Não é um funil, é um tampão", afirmou Daniel Gallart, da Associação de Proprietários de Caminhões de Mendoza, à agência de notícias France Presse. "Na prática, a passagem está fechada".

"Estamos falando de 2 mil ou 1,8 mil caminhões. Vêm de todo o Mercosul. Segundo as estatísticas de tráfego, 50% são argentinos, 30%, brasileiros, e o restante de outros países", disse Gallart.

A Federação Argentina de Entidades Empresariais do Autotransporte de Cargas da Argentina pede que o Chile amplie os postos de atendimento por conta do endurecimento do controle na fronteira.

"Não questionamos a medida soberana de um país, mas sim as consequências que esta decisão provoca. Não somos contra testar os motoristas, mas isso deveria ser ágil", diz a federação em um comunicado.

Com o impasse na fronteira, milhões de dólares são perdidos para o comércio internacional da Argentina através de portos do Oceano Pacífico. No Chile, os caminhoneiros argentinos já solicitaram a intervenção formal do Ministério das Relações Exteriores do país.

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