Após lesão, Dado confirma Lucas Fonseca no banco na próxima partida
Bahia enfrenta o Athletico na quarta-feira (20), pelo Brasileirão

Foto: Felipe Oliveira/EC Bahia
O técnico do Bahia, Dado Cavalcanti, disse nesta terça-feira (19), durante uma entrevista coletiva, que o zagueiro Lucas Fonseca está recuperado de lesão e, com isso, deve iniciar no banco de reservas no próximo jogo pelo Campeonato Brasileiro contra o Athletico, que acontece na próxima quarta-feira (20). O defensor ficou afastado nos últimos 11 jogos do Bahia. Ainda durante a coletiva, Dado disse que a ausência do jogador “foi sentida”.
“O Lucas exerce uma liderança positiva dentro do elenco. Comemoro o retorno dele, a disponibilidade dele para o jogo. É fato que ele treinou pouco. Ainda aquém de disputar 90 minutos. Mas será extremamente importante a presença dele no ambiente, na concentração, no vestiário. Se houver necessidade, obviamente, ele entrará em campo. Mas com as precauções necessárias para que ele volte da melhor forma possível, exercendo a melhor função que ele pode, como capitão, como defensor que impede que os adversários façam tantos gols”, disse.
Contudo, o Bahia tem sofrido ainda com desfalques por conta de testes positivos para Covid-19, doença causada pelo novo coronavírus. Nos últimos dias, o meia Rodriguinho se recuperou, mas Dado Cavalcanti perdeu outro jogador que testou positivo.
“Nossa equipe está sujeita a perder atletas. Estamos constantemente em aeroportos, em hotéis. A exposição ao vírus é muito maior nesses espaços de grande circulação. A cada jogo existe uma tensão um pouco maior em relação a resposta dos testes de Covid-19. O nosso trabalho interno é exemplar, não tivemos nenhum surto que necessitou saída de muitos jogadores ao mesmo tempo, como aconteceu em algumas equipes do Brasil. Todos os cuidados foram adotados, mas, mesmo assim, não estamos ilesos a perder atletas a cada rodada”, afirmou.
“Tivemos a competência necessária para perder um atleta por rodada, no máximo dois. É uma rotina. Até brinco que quem escala a equipe é a enfermeira que vem coletar os exames do nosso grupo. Os resultados são sempre muito esperados. Às vezes mudamos o horário do treino para esperar a resposta dos testes, para fazer a atividade sabendo quais jogadores teria à disposição para o jogo. É uma rotina que vamos administrando. Estrategicamente rodar o elenco, fazer com que todos se sintam dentro do contexto, administrar egos, não permitir que um jogador se sinta fora. Muitas vezes, o jogador que está no banco pode ser importante”, completou.
O jogo contra o Athletico é fundamental para o Bahia, que abre a zona de rebaixamento da Série A, com três pontos a menos que o Fortaleza, primeiro clube fora do Z-4. O Tricolor ainda tem uma partida a menos que os principais adversários.
Sobre os dez dias de preparação, Dado disse que são “importantes no processo de evolução”. “Comemorei esse tempo de trabalho a mais. Acho que o tempo de treinamento surtiu efeito nas duas últimas rodadas, contra Grêmio e Atlético-GO, principalmente contra o Grêmio. Reforcei nesse tempo um pouco mais alguns comportamentos defensivos, principalmente da primeira linha de marcação. Vamos enfrentar um adversário que para mim é um dos mais equilibrados do Campeonato, tanto ofensivamente, quanto defensivamente. Que faz 50% dos seus gols com jogada de bolas dentro da área. E isso tem sido o pesadelo da nossa equipe durante todo o Campeonato. Então, fortaleci nos treinamentos a ideia do comportamento em relação ao encaixe de área defensiva. O posicionamento do primeiro homem e o encaixe de marcação do segundo homem. Investi um pouco mais de tempo nesse aspecto”.
“Em relação a mudanças estruturais, acho que nossa equipe precisa reforçar muito mais o comportamento evidenciado nos últimos jogos. Então, não deveremos ter tantas mudanças estruturais, apenas algumas modificações estratégicas para o confronto contra o Athletico, que tem particularidades, algumas diferenças dos outros adversários. Reforçando, tentando repetir a escalação dos jogadores que atuaram no último jogo, fazer com que a gente ganhe um pouco mais de confiança e cometemos menos erros assim, com repetição de escalação. Erros que têm sido cruciais para os resultados das partidas”.