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Após mais de 24 horas, Polícia Civil não divulgou identidade dos mortos no Jacarezinho

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Após mais de 24 horas, Polícia Civil não divulgou identidade dos mortos no Jacarezinho

Ao todo, 24 pessoas consideradas suspeitas morreram

Por Da Redação
Após mais de 24 horas, Polícia Civil não divulgou identidade dos mortos no Jacarezinho
Foto: Reprodução

Após mais de 24 horas da operação do Jacarezinho, no Rio de Janeiro, a Polícia Civil não divulgou as identidades e os antecedentes criminais dos 24 mortos na ação. A polícia nega as denúncias de execução e afirma que todos são considerados suspeitos. A Defensoria Pública do Rio disse nesta sexta-feira (7), que ainda não conseguiu a identificação das vítimas e afirmou que nenhuma família pediu atendimento ao órgão.

“A gente não tem informações, ainda, de quem foram essas pessoas mortas. Na visita que a gente fez ontem na favela, a gente viu pessoas procurando seus parentes, mas ninguém fez uma abordagem pedindo o atendimento específico da Defensoria Pública”, afirmou Maria Julia Miranda, defensora pública em entrevista ao G1.

Ainda de acordo com a defensoria, pelo menos três pessoas teriam sido executadas na ação e as cenas de crime foram desfeitas. “Nós visitamos duas casas, a primeira a família, ela foi retirada e diz que os dois rapazes que foram mortos nessa casa entraram com vida e saíram mortos. Se eles estivessem mortos, eles não poderiam ter sido retirados de dentro dessa casa”, disse. “Outra casa que nós visitamos, a família presenciou a execução, onde mora a criança de 8 anos, inclusive ela presenciou a execução, que aconteceu no quarto dela. Ali também não havia nenhuma possibilidade da pessoa estar viva, ela foi retirada morta, depois de ter sido executada, segundo testemunhas, de dentro dessa casa”, completou Maria Julia Miranda.

Polícia e moradores

Na última quinta-feira (6), a Polícia Civil negou, em entrevista coletiva, que algum suspeito tenha sido executado. “A Polícia Civil não entra em comunidade nenhuma e em qualquer lugar para praticar execução, a Polícia Civil entra para cumprir mandados de prisão, deferidos pela Justiça, dentro da legalidade, baseado em investigação policial, em inquérito policial”, afirmou Roberto Cardoso, diretor-geral do Departamento Geral de Homicídios e Proteção à Pessoa, em entrevista ao G1.

“Se alguém fala de execução, nessa operação, a execução é no momento em que o colega toma esse tiro e vem a falecer”, disse Rodrigo Oliveira, subsecretário de Polícia Civil, sobre o policial morto na operação.

Ao contrário do que diz a polícia, moradores da comunidade do Jacarezinho denunciaram que policiais não quiseram prender suspeitos que queriam se entregar. “Estão encurralando. Não querem deixar os meninos se entregar”, disse uma pessoa em vídeo gravado durante a ação policial. Sobre a denúncia da invasão de casas por parte de agentes, a polícia diz que só entrou nos imóveis que já tinham sido invadidos por criminosos.

Governo

O Governo do Estado disse que o trabalho no Jacarezinho aconteceu conforme o planejado. A secretaria de Polícia Civil disse ainda que, para garantir a transparência e a lisura da operação, todos os locais de confrontos e mortes foram periciados.

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