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Após relatório apontar omissão, Bento XVI pede perdão por abusos praticados na igreja

"Posso apenas expressar a todas as vítimas de abusos sexuais a minha profunda vergonha", disse em carta

Por Da Redação
Ás

Após relatório apontar omissão, Bento XVI pede perdão por abusos praticados na igreja

Foto: Reprodução/Vatican News

O papa emérito Bento XVI pediu perdão à todas as vítimas de abusos sexuais por parte de sacerdotes da Igreja Católica Romana, após um relatório independente revelar negligência dele diante das suspeitas envolvendo a arquidiocese que ele comandava.

"Posso apenas expressar a todas as vítimas de abusos sexuais a minha profunda vergonha, a minha grande dor e o meu sincero pedido de perdão", disse em carta escrita no último domingo (6) e divulgada hoje pela imprensa oficial do Vaticano.

De acordo com um relatório publicado no mês passado, enquanto cardeal Joseph Ratzinger, Bento XVI, foi arcebispo de Munique e Freising, na Alemanha, entre 1977 e 1982, ele omitiu quatro casos de abuso na divisão da igreja.

Como informou o advogado Martin Pusch, que apresentou o relatório, dois dos quatro casos se referiam a "abusos cometidos durante" o mandato do papa emérito e "sancionados pelo Estado." Sendo assim, a justiça chegou a reconhecer a prática de crimes contra menores.

No entanto, "em ambos os casos, os perpetradores permaneceram ativos" na igreja, apontou. O relatório também mostrou a participação de Bento XVI em uma reunião em que o tema foi discutido, mas nada contra os abusos foi feito.

Além de Bento XVI, outros arcebispos que passaram por Munique e Freising — incluindo o atual, cardeal Reinhard Marx — também foram apontados como omissos e negligentes pelo relatório. Na carta, ele confessou se sentir culpado pelos abusos cometidos por sacerdotes, dizendo carregar uma "tão grande culpa", e pediu perdão não só às vítimas, como a Deus.

"Tive grandes responsabilidades na Igreja Católica", disse o papa emérito na carta. Mas "tanto maior é a minha dor pelos abusos e os erros que se verificaram durante o tempo do meu mandato nos respetivos lugares".

"Cada caso de abuso sexual é terrível e irreparável. Para as vítimas de abusos sexuais, vai a minha profunda compaixão e lamento cada um dos casos", prosseguiu.

Ao fim da carta, Bento XVI disse que pode "apenas rezar ao Senhor (Deus), pedindo a todos os anjos e santos e a vós, queridas irmãs e irmãos, que rogueis por mim".

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