Durante o isolamento social imposto pelos governos devido a pandemia da Covid-19, doença causada pelo novo coronavírus, o aplicativo de paquera Happn precisou se reinventar e após dez meses chegou a marca de 100 milhões de usuários. O segundo maior mercado do app francês, atrás apenas da Índia, o Brasil adicionou 3,5 milhões de “solteiros” à plataforma em 2020, um avanço de 30%. O Happn tem 15 milhões de usuários e é o maior competidor do Tinder no Brasil. 

“O isolamento foi um grande problema para nossa funcionalidade de cruzamentos. Então, aumentamos o raio de alcance do app de 250 metros para 90 quilômetros. Na prática, em vez de conectar pessoas que se cruzaram, passamos a apresentar pessoas que vivem na mesma cidade e poderiam se cruzar, não fosse a quarentena. Também foi crucial permitir que as pessoas conversassem por videochamada, uma forma de substituir os encontros presenciais”, disse o CEO Didier Rappaport.

O Happn foi fundado em 2014 como uma resposta francesa ao Tinder, maior player global do segmento. Segundo Rappaport, que também co-fundou o site de vídeos Dailymotion, seu diferencial é “defender a ideia do romantismo, da magia da vida real”, que nasce a partir dos encontros na rua. Ou seja, com a tecnologia de juntar “crushes” que se cruzaram, o Happn tenta emular em um aplicativo o espírito “dragueur” dos parisienses. No total, o app registrou 100 milhões de usuários considerando todas as pessoas cadastradas. A quantidade de usuários mensais ativos, que acessam o app pelo menos uma vez por mês, é de cerca de 6 milhões.