Aras retoma delação rejeitada que atinge amigo de Moro

O advogado está foragido e teve sua proposta de delação rejeitada em 2016 pela Lava-Jato

Por Da Redação
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Aras retoma delação rejeitada que atinge amigo de Moro

Foto: Reprodução

O procurador-geral da República Augusto Aras retomou a negociação de um acordo de delação premiada com o advogado Rodrigo Tacla Duran, que mira um amigo do ex-ministro da Justiça Sergio Moro. Essa nova negociação ocorre em um momento no qual Moro se tornou adversário do presidente Jair Bolsonaro, após ter pedido demissão do governo e acusado o presidente de tentar interferir politicamente na Polícia Federal, o que gerou um inquérito em tramitação no Supremo Tribunal Federal (STF).

O advogado está foragido e teve sua proposta de delação rejeitada em 2016 pela Lava-Jato. Os fatos relatados por ele em relação ao amigo de Moro, o advogado Carlos Zucolotto, já foram investigados pela própria PGR e arquivados em 2018, sob a conclusão de que não ficou comprovada a prática de crimes. Duran afirmou ter pagado dinheiro a Zucolotto para obter vantagens em seu acordo de delação premiada com a Lava-Jato em 2016.

Rodrigo Tacla Duran era operador financeiro da Odebrecht em contas no exterior e teve seu acordo recusado por suspeita de omissão de atos ilícitos e ocultação de recursos. 

Fontes próximas a Tacla Duran afirmam que ele decidiu procurar Aras para uma nova tentativa de acordo por acreditar que o novo PGR não está alinhado com os procuradores da Lava-Jato e, por isso, estaria disposto a ouvi-lo.

Tacla Duran é réu em quatro ações penais movidas pela Lava-Jato, acusado de operar esquemas de lavagem de dinheiro para diversas empreiteiras e diferentes partidos políticos, mas a Justiça brasileira até hoje enfrenta dificuldades para localizá-lo e intimá-lo para que se defenda nos processos. Por isso, os casos estão paralisados.  
 

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