A Uefa informou nesta segunda-feira (8), que suspendeu o árbitro romeno Sebastian Coltescu até o final da atual temporada, acusado de utilizar um termo racista no jogo entre o Paris Saint-Germain e o Basaksehir, da Champions League. Coltescu foi afastado das funções por "comportamento impróprio", assim como Octavian Sovre, quarto árbitro da partida, que foi punido com menos severidade, com uma "reprimenda".

Nenhum dos investigados foi condenado por violar o artigo 14 do Regulamento Disciplinar (DR, na sigla em inglês), que fala sobre racismo e condutas discriminatórias. Coltescu, quarto-árbitro no jogo, e Sovre, assistente, foram punidos dentro dos artigos 11 do DR e 6 dos “Termos e Condições para Árbitros em Jogos da Uefa”, que tratam de “comportamento impróprio” durante a partida.

Ambos foram sancionados por terem utilizado uma expressão racista contra o auxiliar-técnico da equipe turca, o camaronês Pierre Webó, ao chamá-lo de "negro" em romeno (negru) quando foram puní-lo por reclamação. A comissão disciplinar da Uefa não especificou quem usou o termo racista: Coltescu foi inicialmente denunciado por Webó, mas uma análise efetuada por vários meios de comunicação romenos afastou as suspeitas de Sovre. 

Os árbitros foram ordenados a realizar um “programa educacional” antes do dia 30 de junho, de acordo com o estipulado pela Uefa. O processo de investigação e punição dos árbitros passou por um inspetor disciplinar e pelo Órgão de Controle, Ética e Disciplina da Uefa. Eles concordaram em dizer que árbitros da federação devem passar por treinamentos para “tomarem melhores decisões na escolha das palavras em competições da Uefa”, pois “no contexto internacional, o uso da linguagem correta é essencial para evitar situações como as da partida mencionada”.