Arquiteto Ian Carvalho traz o Family Room na CASACOR Bahia!
Aos detalhes.

Foto: Gabriela Daltro
O arquiteto Ian Carvalho traz o Family Room na CASACOR Bahia, ambiente que materializa o tema “Semear Sonhos” de forma poética e afetiva. Mais do que um espaço de estar, o projeto reflete a visão do lar como abrigo emocional, onde memórias, afeto e herança cultural se entrelaçam. No projeto, arte e arquitetura se unem para criar um território emocional que transcende a funcionalidade. Ian oferece uma experiência em que cada detalhe carrega um convite silencioso: sentar, respirar e se permitir sonhar.
Entre os elementos que traduzem esse conceito, destaca-se a obra incorporada ao ambiente pelo artista Gustavo Maciel, posicionada na parede próxima da Poltrona Benjamin, de Sergio Rodrigues. Esculpida com minúcia, a peça combina relevo e textura para criar um painel que parece pulsar com significado. Gustavo desenvolve sua arte diretamente na parede, revelando camadas do reboco por meio de batidas precisas com martelo e ponteiro. A obra traz consigo a força do gesto manual e a poesia do cultivo, estabelecendo um diálogo profundo com o mobiliário e com a narrativa do espaço.
O simbolismo da obra é central para a interpretação do Family Room. A escultura remete à ideia de que nem todos os sonhos se realizam, mas que a esperança persiste, mensagem reforçada pelo “colo afetuoso” da Poltrona Benjamin, ícone do design brasileiro. Ao lado da obra, vasos de vidro de diferentes alturas guardam sementes pretas, transformando a metáfora da mostra em imagem literal: sonhos como sementes que, mesmo à espera do tempo certo, mantêm seu potencial de germinar.
Essa integração entre arte e mobiliário constrói uma experiência sensorial única. Enquanto a poltrona convida ao descanso e ao acolhimento, a arte de Gustavo Maciel expande o campo emocional do visitante, estimulando reflexões íntimas. O arquiteto Ian Carvalho valoriza essa fusão como forma de tornar o ambiente mais que um cenário, mas um espaço vivo, onde a estética encontra significado e a função se reveste de emoção.
Outros elementos reforçam a narrativa. A adega oval, símbolo do princípio da vida, remete a um ovo ou ventre, guardando taças e garrafas douradas que representam o “ouro” interior, a força que move sonhos e realizações. A tapeçaria vertical de Ana Weege retoma o uso histórico dos tapetes como peças de parede, enquanto móveis de designers como Fernando Mendes e Vinicius Siega, e o sofá Amsterdã, da Green House, somam ao equilíbrio entre design contemporâneo e memória afetiva.