Oficializado nesta quinta-feira (13) para assumir a Casa Civil, o general Walter Souza Braga Netto foi incorporado à equipe por indicação dos também generais Luiz Eduardo Ramos, ministro da Secretaria de Governo, e Augusto Heleno, do Gabinete de Segurança Institucional (GSI). Essa relação de confiança entre os militares é um dos ativos na nova composição no Planalto. 

Luiz Ramos disse ter boa relação com Onyx Lorenzoni, que passa para a Cidadania no lugar de Osmar Terra, que retornará à Câmara dos Deputados. No entanto, o ministro da Secretaria de Governo que estará à frente da articulação política com o Congresso. Segundo Ramos, ele e Braga possuem uma relação muito próxima, e há uma "confiança total e irrestrita". 

Com as duas mudanças, Ramos disse que o presidente Jair Bolsonaro não deve fazer mais trocas na equipe ministerial. E afirmou ainda que o novo perfil da equipe procura deixar o Planalto com uma característica menos política e mais técnica. "A gente (militares) tem a característica de ser muito quadradinho, mais cartesiano. E é o que o presidente quer [...] O político tem que pensar em política", disse. 

Durante uma transmissão ao vivo pelo Facebook, Bolsonaro destacou o fato de agora todos os principais cargos no Planalto serem administrador por militares. 

"Trocamos hoje dois ministros. Ficou completamente militarizado o meu terceiro andar. São quatro generais ministros agora. Nada contra os civis. Tem civis excepcionais trabalhando (comigo)", disse o presidente, que elogiou ainda Sergio Moro (Justiça e Segurança Pública), André Luiz Mendonça (Advocacia-Geral da União) e Ricardo Salles (Meio Ambiente).