Assim como Moro, Dallagnol é convidado para ir à Câmara
Procurador e líder da Força-Tarefa da Lava Jato ainda não respondeu à solicitação

Foto: Agência Brasil
A Câmara dos Deputados convidou o procurador da República e líder da Força-Tarefa da Lava Jato, Deltan Dallagnol, para ir ao plenário prestar esclarecimentos à Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara dos Deputados sobre a troca de mensagens entre ele e o ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, divulgada pelo site The Intercept Brasil.
Nas matérias, divulgadas no dia 9 de junho, o site relata uma série de conversas trocadas via Telegram, aplicativo de mensagens, entre Moro, então juiz responsável pela Lava Jato, Dallagnol e outros juízes envolvidos na operação.
O presidente da comissão, deputado Helder Salomão (PT), informou que convidou o procurador para responder a questionamentos dos deputados, mas até o momento não obteve retorno.
Moro na Câmara
Nesta terça-feira (2) o ministro Sergio Moro participa da audiência realizada pela Comissão e responde a questionamentos dos deputados.
Em meio a ataques e a gritos de apoio por parte dos deputados, o ministro responde, desde às duas horas da tarde, a questões levantadas por aqueles que estão presente na casa em relação às conversas divulgadas pelo site.
Assim como ocorre desde o dia da publicação das matérias, Moro nega as acusações e questiona a legitimidade das informações publicadas nas matérias. Além disso, Moro alega que o objetivo da acusação é que as ações da operação sejam invalidadas.
“O que existe é uma tentativa criminosa de invalidar condenações. E o pior, minha principal suspeita é de que o objetivo principal seja evitar o prosseguimento das investigações. Criminoso que receiam que as investigações possam chegar até eles e que estão querendo se servir desses expedientes para impedir que as investigações prossigam”, disse.
Entre outros pontos defendidos por Moro em suas respostas, o ministro alegou que o site, ao divulgar as matérias era o de, queria invalidar e levantar questionamentos sobre as ações da Lava Jato. Disse, ainda: “fiquei com a impressão de que o site queria que fosse ordenada uma busca e apreensão, talvez por parentar uma espécie de vítima, um mártir da imprensa ou coisa parecida”.


