Atleta suspensa por protesto no Pan de Lima, americana exige pedido de desculpas Comitê Olímpico dos EUA

Atleta pegou suspensão de 12 meses

[Atleta suspensa por protesto no Pan de Lima, americana exige pedido de desculpas Comitê Olímpico dos EUA]

FOTO: Reprodução/Twitter

A lançadora de martelo, Gwen Berry usou as redes sociais para pedir a retratação do Comitê Olímpico do País (USOPC), após punição por levantar o punho cerrado durante a execução do hino dos Estados Unidos durante o pódio dos Jogos Pan-Americanos de Lima 2019.

“Quero uma carta de desculpas. Exatamente como você (USOPC) e o COI (Comitê Olímpico Internacional) ME ENVIARAM QUANDO ME COLOCAR EM CONDICIONAL. Pare de brincar comigo”, escreveu Berry em suas redes sociais.

A demanda por desculpas públicas da atleta foi direcionado à Sarah Hirshland, CEO do COmitê Olímpico dos Estados Unidos. Na terça-feira, a entidade publicou uma carta aberta aos atletas apoiando a luta contra o racismo que se intensificou desde a última semana inflamada pelo assassinato de George Floyd, um americano negro de 40 anos, ex-segurança, que morreu asfixiado após um policial se ajoelhar sobre seu pescoço em Minneapolis.

“Condenamos absolutamente a desigualdade sistêmica que afeta desproporcionalmente os negros americanos nos Estados Unidos. Não tem lugar na nossa ou em qualquer outra comunidade. É claro que não existem forças tão feias, prejudiciais e degradantes quanto o racismo e a marginalização praticados por alguns daqueles em posições de autoridade. Tocou em Minneapolis da maneira mais trágica e desmedida que se possa imaginar. Está sendo sentido intensamente nos Estados Unidos dia após dia”, afirmou a carta assinada por Hirshland.

O discurso vai na contramão das punições aplicadas Berry e ao esgrimista Race Imboden, também suspenso por 12 meses por se ajoelhar durante o hino americano no Pan de Lima. O COI proíbe manifestações políticas durante as Olimpíadas, e a Panam Sports segue a orientação para os Jogos Pan-Americanos.

“Sinto como se um fogo estivesse queimando em mim. Tenho orgulho de pessoas que estão protestando. Tenho orgulho de pessoas que estão se posicionando. Sinto que agora, mais do que nunca, sou compreendida. Quando assumi minha posição, foi numa época em que as coisas estavam acontecendo, mas nada estava sendo feito. Quando assumi minha posição, fiquei completamente incompreendida. Agora sinto que todo mundo sente como eu me sentia”, disse Berry em entrevista à "Sport Illustrated".

 


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