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Ausência de Alcolumbre e Motta não ofusca apoio deles à isenção do IR, diz Gleisi

O relator do projeto na Casa, Arthur Lira (PP-AL) compareceu ao evento, tendo sido recebido no palco por algumas vaias

Por FolhaPress
Às

Ausência de Alcolumbre e Motta não ofusca apoio deles à isenção do IR, diz Gleisi

Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/Lula Marques/José Cruz | Agência Brasil

VICTORIA AZEVEDO, CAIO SPECHOTO E MARIANA BRASIL 

A ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, afirmou que a a ausência dos presidentes da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), e do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), na cerimônia de sanção da isenção do Imposto de Renda para quem ganha até R$5.000 não ofusca as contribuições dos dois à aprovação da matéria.

Os presidentes decidiram não participar de um dos principais atos políticos do atual mandato de Lula (PT), num recado da insatisfação da cúpula do Congresso com o Palácio do Planalto. O relator do projeto na Casa, Arthur Lira (PP-AL) compareceu ao evento, tendo sido recebido no palco por algumas vaias.

"Ao presidente Hugo Motta da Câmara e Davi do Senado, a ausência dos presidentes em nada ofusca a importante condução e apoio que deram a essa matéria", disse Gleisi.

O aumento na isenção o IR foi promessa de campanha de Lula, em 2022, e o governo segurou a sanção da norma para dar mais visibilidade ao tema —considerado uma das principais apostas do Planalto para alavancar a popularidade do petista antes da disputa das eleições de 2026.

A relação do presidente da República com os chefes do Legislativo, porém, está abalada.

No começo de sua fala, nesta quarta, o presidente da República cumprimentou os relatores da matéria no Conrgresso e aos parlamentares "que tiveram a sensiblidade de fazer com que esse país pudesse continuar acreditando na política".

Sem citar nominalmente Motta e Alcolumbre, o petista falou que é possível viver democraticamente na diversidade e que ninguém precisa ser igual ao outro. "Temos apenas que nos respeitar, conversar e sempre encontrar o caminho do meio que possa não atender a um ou outro, mas atender a todos", disse Lula

Também na cerimônia, o ministro Fernando Haddad (Fazenda) abriu sua fala agradecendo todos os parlamentares, "presentes e ausentes". Em seguida, citou Motta e

Alcolumbre, afirmando que sem o empenho deles o projeto não teria avançado neste ano.

"Queria dizer a eles que o Brasil precisa muito deles. Nós precisamos, como brasileiros, da atenção, dos seus trabalhos e liderança para concluir exitosamente este ano", afirmou.

Motta irritou o governo ao escalar o oposicionista Guilherme Derrite (PP-SP) como relator do projeto de lei antifacção. A disputa em torno do tema afastou o presidente da Câmara do governo. O desenlace mais recente desse atrito foi o rompimento de relações entre Motta e o líder do PT na Câmara, Lindbergh Farias (RJ). Nesta manhã, Motta publicou uma mensagem no Twitter na qual celebrou a sanção da norma e destacando a atuação do Legislativo no processo.

"Este é o resultado da união dos Poderes em favor do Brasil. Com respeito às atribuições legislativas, diálogo e equilíbrio, o país avança", escreveu.

No caso de Alcolumbre, o que marcou o afastamento foi a indicação de Jorge Messias para uma vaga no STF (Supremo Tribunal Federal). O presidente do Senado, e vários membros da Casa, queriam que o escolhido fosse o senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG).

De acordo com relatos, os convites para participar do ato no Planalto foram enviados pela SRI (Secretaria de Relações Institucionais), chefiada pela ministra Gleisi Hoffmann. Havia previsão de que os dois chefes do Legislativo fizessem discursos durante a cerimônia.

Quando a matéria foi aprovada no Senado, Lula gravou um vídeo ao lado de Alcolumbre, afirmando que contava com a participação do chefe do Congresso no evento.

A cerimônia nesta quarta reuniu senadores e deputados de diferentes partidos, como PP, MDB, União Brasil, PSOL, Rede, PC do B, PSB, PDT e Republicanos, além de representantes de movimentos sociais e ministros do governo federal.

Após o evento, o líder do PL na Câmara, Sóstenes Cavalcante (RJ), afirmou em publicação nas redes sociais que havia "no máximo 80" deputados na cerimônia e que isso evidencia "o tamanho" da base governista, numa crítica ao Executivo.

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