Bahia perde para o Fortaleza no Castelão e é rebaixado para a Série B

Em jogo de três pênaltis, Leão do Pici leva a melhor e decreta novo rebaixamento Tricolor após sete anos

Por Da Redação
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Bahia perde para o Fortaleza no Castelão e é rebaixado para a Série B

Foto: Bruno Queiroz / EC Bahia

Depois de 7 anos, o Bahia está rebaixado para a Série B. O Tricolor baiano foi derrotado por 2 a 1 para o Fortaleza, em confronto disputado na noite desta quinta-feira (9), na Arena Castelão, em Fortaleza, pela 38ª rodada do Brasileirão. Com resultado, o Esquadrão encerrou a competição na 17ª posição, com 42 pontos, enquanto o Fortaleza fica em 4º lugar, com 58.

Foi uma primeira etapa em que o Fortaleza se mostrou melhor, tendo mais frequência no campo de ataque e naturalmente por atuar em casa, tomar as ações do jogo, mas pouco traduziu a superioridade em chances claras de gol. Já o Bahia fazia o jogo habitual de contra-ataque, seguro na defesa e quando tinha algumas salvas oportunidades, assustou a defesa cearense.

A primeira boa finalização do jogo foi aos 20 segundos. Após chegada receber a bola na entrada da área, Juninho Capixaba bateu de fora da área, mas não dificultou a defesa de Marcelo Boeck, que defendeu sem dar rebote.

O lance decisivo da partida veio acontecer aos 20 minutos. Marcelo Boeck saiu mal do gol e acertou Gilberto com um soco. O lance gerou certa polêmica por aparentar uma possível simulação do atacante, mas as câmeras mostraram o contrário.

Rodriguinho, que não tem nada a ver com isso bateu e deslocou o goleiro, abrindo o placar para o Bahia no Castelão.

O gol aliviou a pressão que estava sob os ombros do Bahia. Aos 26 minutos, o Tricolor voltou a marcar com Gilberto, após receber lançamento em profundidade e tocar na saída do goleiro, mas o lance foi anulado após constatar que o atacante estava impedido.

Quando o confronto parecia caminhar para o intervalo com um triunfo parcial do Bahia, o Fortaleza aproveitou um erro dos baianos para empatar.

Aos 48 minutos, Matheus Bahia tocou Yago Pikachu na área, e o árbitro assinalou o pênalti, que Wellington Paulista cobrou com muita categoria e igualou o placar no Castelão, antes do árbitro decretar o fim da etapa inicial.

No retorno para a segunda etapa, Bahia e Fortaleza fizeram uma partida mais travada, com muitos passes errados e sem que os dois times buscassem o campo de ataque com qualidade.
Somente aos 28 minutos houve um lance de perigo na partida. Igor Torres invadiu a área, deixou Nino Paraíba no chão, chutou sem ângulo, mas Danilo Fernandes conseguiu defender. 

Pouco tempo depois, veio o lance que definiu o rebaixamento do Bahia para a segunda divisão. Aos 29 minutos, David cortou para o meio e soltou o pé de perna esquerda, a bola desviou no braço de Conti, e após consulta ao VAR, foi assinalado pênalti para o Fortaleza. Yago Pikachu com muita categoria só deslocou o goleiro e desempatou o jogo.

Com o placar em desvantagem e precisando desesperadamente do gol que poderia incendiar a partida, o Bahia voltou a assutar aos 38 minutos. Rodallega cobrou falta por fora da barreira e obrigou Marcelo Boeck a fazer defesa difícil para evitar o gol.

Já nos acréscimos, aos 42 minutos, Gilberto ainda desperdiçou uma oportunidade incrível de empatar. Matheus Bahia fez o cruzamento para área, o camisa nove dominou no peito e soltou uma bomba para o gol, mas parou na linda defesa de Marcelo Boeck.

Análise do Bahia na partida

Como foi durante toda a reta final, os erros individuais custaram um bom resultado para o Bahia, para azar do Tricolor, foi um resultado pior possível, mas também não podem servir como única e exclusiva responsabilidade pelo rebaixamento tricolor,  mais um para manchar a gloriosa história.

Um rebaixamento tem muitos capítulos a serem contados e o do Bahia nunca foi difícil de conhecer o roteiro final. Desde o começo do campeonato deu para perceber a fragilidade da equipe, e a diretoria de maneira irresponsável e omissa, confiou em resultados positivos para mascarar as péssimas atuações que a equipe apresentava. Trocas de técnico, montagem da equipe, entre outras lambanças colocam Bellintani e Cia como os grandes vilões da trama.

De nada adiantar mais ficar chorando pelo leite derramado. O Bahia tem história e plenas capacidades de voltar logo a elite do futebol brasileiro, mas precisa de uma reformulação geral desde a diretoria até o plantel de jogadores. Mudanças que não aconteceram no começo do ano e ocasionaram em mais um rebaixamento para o Tricolor baiano.

 

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