Bahia perde para o Grêmio e vê zona de rebaixamento mais próxima

O Bahia chegou a sétima partida sem vencer no Brasileirão. Na noite deste sábado (21), o Tricolor baiano foi derrotado por 2 a 0 para o Grêmio, em  confronto disputado na Arena do Grêmio, em Porto Alegre, válido pela 17ª rodada do Brasileirão. Com resultado Tricolor se mantém provisoriamente na 13ª posição, com 18 pontos, enquanto gaúchos sobem para 17ª posição, com 16 pontos.

Apesar de movimentada, a primeira etapa não foi cercada de muitas emoções em Porto Alegre. O Grêmio tinha mais volume de jogo, mas encontrava dificuldade para impor a superioridade e conseguir construir chances claras e evidentes de abrir o placar. Já o Bahia foi quem teve as melhores oportunidades, mas focou em fazer um jogo mais defensivo, explorando os contra-ataques velocidade. O Tricolor foi mais marcação que ataque, e conseguiu eficientemente conter os ataques do time gaúcho.

Logo antes de um minuto de jogo, o Bahia quase abriu o placar. Em tabela com Rodriguinho, Rossi entrou na área e bateu cruzado para o gol, e a bola passou com perigo, na frente do goleiro Gabriel Chapecó.

Em boa jogada trabalhada no campo de ataque, o Tricolor teve outra boa oportunidade para abrir o placar no jogo. Aos nove minutos, Rodriguinho soltou uma bomba de fora da área e a bola passou com perigo do gol de Gabriel Chapecó.

A melhor resposta do Grêmio foi aos 20 minutos. Após cruzamento de Cortez do lado direito para dentro da área, Léo Pereira testou para o gol, mas a bola passou a direita do gol, sem levar tanto perigo ao gol de Matheus Teixeira.

Outra boa chegada do Grêmio aconteceu aos 42 minutos. Cortez teve espaço no lado direito para cruzar para entrada da área, e Rafinha, bateu rasteiro para o gol, a bola desviou no zagueiro e foi pela linha de fundo, mas não sem antes Matheus Teixeira dar um toquinho na bola e jogar para escanteio.

Aos 45 minutos, quase que o Bahia abria o placar. Lucas Mugni cruzou a bola do lado esquerdo para dentro da área e encontrou Rodriguinho, livre de marcação, que testou firme na trave de Gabriel Chapecó, que apenas torceu para ela não entrar, na última partida antes da ida para o intervalo.

No retorno para a segunda etapa, o Grêmio finalmente conseguiu traduzir a superioridade em campo em gol.

Aos três minutos no campo de ataque, Rafinha fez o cruzamento que mais pareceu ser com a mão e achou Borja, que subiu mais alto que Nino Paraíba e testou firme para as redes de Matheus Teixeira, que nada pôde fazer.

Com cinco minutos de jogo, o Grêmio já chegou mais uma vez com perigo na partida. Em nova subida ao campo de ataque, Lucas Silva finalizou de fora da área, mas parou na defesa de Matheus Teixeira, que encaixou a bola.

Só dava Grêmio na segunda etapa. Aos 13 minutos, em nova finalização da entrada da área, Alisson quase anotou o segundo em chute rasteiro, mas a bola saiu pela linha de fundo.

O primeiro ataque do Bahia na segunda etapa demorou para chegar, mas quando chegou levou perigo.

Aos 26 minutos, Nino Paraíba fez o cruzamento do lado esquerdo para dentro da área, após divida na área, a bola sobrou para Raí, que soltou uma bomba dentro da área, mas a bola subiu muito e foi por cima do gol de Chapecó.

Com jogo controlado e praticamente não ameaçado pelo Bahia, o Grêmio diminuiu um pouco o ritmo e focou mais em controlar o resultado do que tentar matar o jogo, e nisso foi bem sucedido, afinal, o Tricolor baiano não conseguiu chegar a igualdade no placar até o apito final do árbitro.

Já no apagar das luzes, no último lance do jogo, o Grêmio ainda achou tempo para fazer mais um gol. Aos 49 minutos, Lucas Silva puxou contra-ataque, Diego Souza recebeu passe no meio entre Jonas e Matheus Bahia, aos trancos e barrancos, tirou a bola de Mugni e bateu na saída de Matheus Teixeira, para dar números finais ao duelo.

Análise do Bahia 

De nada vai adiantar contratar um novo técnico se ele não tiver material humano para desenvolver o trabalho. Reforços precisam ser contratados para ontem, e cada partida que passa, cada derrota que tem, torna-se cada vez mais evidente a deficiência e fragilidade que o Tricolor tem como equipe, reposição a altura e qualidade técnica.

Era inevitável que esse péssimo momento vivido pelo Bahia hoje iria chegar. Aqueles triunfos de começo de Brasileirão serviram para enganar só quem queria ser enganado, e mascarava as atuações ruins e pouco convincentes que o time tinha ao longo do ano. Neste momento, finalmente o choque de realidade serviu para evidenciar o quão limitado é esse elenco.

O momento temido pelo torcedor do Bahia está cada vez mais próximo. A zona de rebaixamento está há dois pontos de distância, podendo ficar em até um, e inevitavelmente o time integrará parte do grupo dos quatro últimos caso não contrate e ofereça um bom cenário para Dabove trabalhar.