Bahia registra 12 empregadores incluídos na 'Lista Suja' do trabalho análogo à escravidão
Nova atualização da “Lista Suja” inclui 159 novos empregadores

Foto: Ministério Público do Trabalho
Com 12 empregadores que submeteram trabalhadores a condições semelhantes à escravidão no Brasil, baia ocupa quarto lugar na "Lista Suja". O documento, divulgado semestralmente pelo Ministério do Trabalho, na segunda-feira (6), publica nomes de empregadores que submeteram trabalhadores a condições sub-humanas.
Nova atualização da lista inclui ocorrências entre os anos de 2020 e 2025. Foram adicionados 159 empregadores no cadastro, o que representa um aumento de 20% em relação à última atualização. Desse total, 101 são pessoas físicas e 58 são empresas.
Na Bahia os casos foram registrados nos municípios de Jacobina, Correntina, Ibititá, Santa Inês, Salvador, Maiquinique, Sento Sé e Barreiras. Ao todo, os empregadores baianos mantiveram 67 pessoas nessas condições. O estado ficou atrás apenas de Minas Gerais (33), São Paulo (19) e Mato Grosso do Sul (13).
De acordo com a Auditoria Fiscal do Trabalho, entre as atividades econômicas, destacam-se a criação de bovinos para corte (20 casos), os serviços domésticos (15), o cultivo de café (9) e a construção civil (8). Do total, 16% das inclusões estão relacionadas a atividades econômicas do meio urbano.
Em casos de irregularidades, são lavrados autos de infração e o empregador tem um período para apresentar a defesa. Quando o processo administrativo é finalizado, o nome do empregador entra na lista.Os nomes permanecem publicados por dois anos. Nesta atualização, além das novas inclusões, foram excluídos 184 empregadores que já haviam completado esse período.