Bahia tem a 2ª maior taxa de desemprego do país

A taxa média de desemprego na Bahia, nos primeiros meses do ano, registrou aumento de 18,3%. Segundo dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o estado ficou em 2º lugar no ranking de maior índice de desempregados do país, ficando abaixo apenas do Amapá, com 20,2% de desocupados e bem acima da média nacional (12,7%). Foi ainda a segunda maior taxa de desocupação para o estado desde o início da série histórica da PNAD Contínua (em 2012), menor apenas que a do 1º trimestre de 2017 (18,6%).

Para a graduanda de Educação Física, Larissa Benjoino, novos empregos poderiam ser gerados se o setor turismo do estado fosse mais explorado. "Temos do litoral ao serrado e acho que a Bahia ainda é pouco divulgada para turismo. Se o dinheiro circula tudo anda...", declarou a jovem. Além disso, Larissa, que passou cinco meses em busca de emprego, atribui à falta de qualificação dos candidatos a está fase atual do estado. "Pessoas que já tem uma profissão, mas não estão conseguindo trabalho na sua área estão migrando para outras. Uma vaga que é para ensino médio está sendo preenchida por nível superior”, concluiu.

Já para o Técnico em Informática, desempregado há pouco mais de dois anos, Rodrigo Maia, a ampliação de unidades de distribuição de vagas facilitaria a intermediação entre empresas e candidatos. "Acredito que os atuais postos que oferecem vagas poderiam ser ampliados. As vagas disponíveis encerram em menos de 30 minutos porque a demanda que se podem oferece é pequena", pontuou. O TI ainda relatou ao Farol da Bahia que atualmente vive de pequenos bicos para se manter. 

"Infelizmente não pude concluir meus estudos e tranquei minha matrícula devido à crise financeira. No momento eu só presto serviços de informática já que é essa minha formação e que eu tenho mais experiência”. Declarou.  O jovem não acredita que possuir graduação represente maior chance de recolocação no mercado "Qualificação hoje em dia ajuda, mas não é garantia de nada. Vejo pessoas com mestrado e doutorado vivendo de transporte de aplicativo Uber, 99 pop, etc.. O setor industrial no país está sucateado, aqui na Bahia, engenheiros em larga escala estão desempregados." Finalizou.

A equipe de reportagem do Farol entrou em contato com a Secretaria do Trabalho, Emprego, Renda e Esporte do Governo da Bahia (Setre) para saber quais medidas estão sendo tomadas para a criação de novas vagas de emprego, mas até o fechamento desta matéria não obteve retorno, seguimos aguardando.

Salvador - E apesar destes dados alarmantes, segundo a Secretaria Municipal de Desenvolvimento e Urbanismo (Sedur), Salvador é a 4ª maior população ocupada do Brasil e a 6ª capital com menor taxa de desocupação com 15,8%. Segundo informações do Cadastro Geral de Emprego e Desemprego (Caged), 3.105 empregos formais foram criados no 1° quadrimestre na capital. Em comparação com o mesmo período do ano passado, Salvador teve um aumento de 16 mil novas vagas de emprego preenchidas.

"Esses números demonstram que Salvador está indo na contramão dos resultados alcançados por outros estados e municípios. Isso graças a essa política de estímulo ao desenvolvimento que lançamos com os diversos eixos do programa Salvador 360”, declarou o secretário de Desenvolvimento e Urbanismo, Sérgio Guanabara.