Bancada do PSOL na Alesp protocola pedido de impeachment contra Tarcísio de Freitas
Segundo o partido, governador cometeu crimes de responsabilidade ao apoiar ações dos EUA
Foto: Agência Brasil/Marcelo Camargo
A bancada do PSOL na Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp) protocolou, nesta segunda-feira (21), um novo pedido de impeachment contra o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos). A denúncia acusa o chefe do Executivo paulista de cometer crimes de responsabilidade ao “apoiar ataques do governo Donald Trump contra o Brasil”.
“Tarcísio extrapolou suas atribuições enquanto governador, além de violar o dever de lealdade institucional ao se alinhar a interesses estrangeiros em meio a uma grave crise diplomática”, diz o documento, assinado pelos deputados Carlos Giannazi, Ediane Maria, Guilherme Cortez, Mônica Seixas e Paula da Bancada Feminista.
O partido relaciona a acusação à crise comercial entre Brasil e Estados Unidos, provocada pela decisão de Trump de aplicar, a partir de 1º de agosto, uma sobretaxa de 50% sobre todos os produtos brasileiros exportados.
No pedido, o PSOL também cita a tentativa de Tarcísio de pedir ao Supremo Tribunal Federal (STF) para liberar o passaporte de Bolsonaro, apreendido pela Polícia Federal em fevereiro, a fim de permitir que o ex-presidente “negociasse" com Trump a suspensão das tarifas.
"Para a bancada do PSOL, essa atitude representa tentativa de obstrução da Justiça e favorecimento de um investigado que poderia fugir do país e colaborar com articulações para o estabelecimento de sanções ainda mais gravosas ao Brasil pelo governo americano”, diz o texto.
Outros pedidos de impeachment
Pelo menos outros dois pedidos de impeachment contra Tarcísio foram protocolados na Alesp neste ano.
Em julho, a deputada Ediane Maria (PSOL), uma das autoras do pedido mais recente, apresentou outra solicitação de impeachment após o governador publicar no X (antigo Twitter) críticas ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no mesmo dia em que Donald Trump anunciou a sobretaxa sobre produtos brasileiros.
Em março, 110 movimentos sociais e deputados pediram o impeachment de Tarcísio e do secretário de Segurança Pública, Guilherme Derrite (PP), em razão da violência policial.
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