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Banco Central considerar a expectativa de pré-crescimento de 1% para o PIB de 2022

Pela quinta semana seguida, mercado reduz projeção de PIB para 2021 e 2022

Por Da Redação
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Banco Central considerar a expectativa de pré-crescimento de 1% para o PIB de 2022

Foto: Miguel Schincariol/Getty Images

O novo relatório Focus, que reúne as projeções de mercado, divulgado nesta segunda-feira (8) pelo Banco Central (BC) mostra que o mercado reduziu a projeção do Produto Interno Bruto (PIB) para 2022, pela quinta semana seguida, e passou a considerar a expectativa de pré-crescimento de 1%. 

Há um mês atrás, a expectativa do mercado era de que o PIB crescesse 1,54% no próximo ano. No quinto mês do ano, maio, a projeção era ainda melhor: previa uma alta de 2,5%. Mas a continuidade da alta inflação, das elevações da Selic e as incertezas fiscais das últimas semanas, fizeram com que as avaliações ficassem mais pessimistas e o percentual de crescimento fosse diminuído.

O motivo foi a sinalização do governo, feita há algumas semanas, de que poderia furar o teto de gastos para pagar parte do Auxílio Brasil - que substituirá o Bolsa Família. Após essa declaração, o mercado piorou todas as suas projeções de informação, câmbio, PIB e juros, haja vista que o risco fiscal traz insegurança para o país e afeta diretamente dos caminhos da economia.

Alguns especialistas ainda preveem um quadro um pouco pior. A economista-chefe da Veedha Investimentos, Camila Abdelmalack, estima que o PIB 2022 deve ficar abaixo de 1%.  A projeção atual da casa é de 0,8%.

"A tendência é que fique abaixo de 1% porque o ano inicia com a taxa de juros está na casa dois dígitos e isso tem um impacto para a atividade econômica que é bem relevante. Isso acaba prejudicando a atividade econômica de maneira bem expressiva", observou Camila. 

Além do crescimento mais baixo para o próximo ano, o mercado também diminuiu sua projeção de PIB para 2021. Há um mês, era de 5,04% e passou para 4,93% nesta segunda-feira (8).

Previsão de inflação e juros 

Não só a expectativa do PIB foi agravada, mas também as da inflação que sofreram alta pela 31ª semana seguida, chegando a 9,33%, acima dos 8,59% esperados há quatro semanas. Esse é um nível muito acima da meta de inflação de 3,75% com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual (pp) para cima ou para baixo. O Banco Central entendeu que não vai atingir essa meta neste ano.

E para o próximo ano, as notícias sobre as projeções da inflação também não são boas. Com as expectativas subindo há 16 semanas, a última previsão ficou em 4,63%. A meta para 2022 é de 3,5%, com teto de 5% e piso de 2%. 

A Selic também não escapou das altas previsões. Para o próximo ano essa expectativa subiu para 11%, contra 8,75% nas quatro semanas. Isso reflete  o aumento de riscos fiscais, a alta no dólar e a pressão de informação.

Neste ano, a previsão para a Selic continua em 9,25%, ou seja, o mercado espera uma alta de 1,5 pp na última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do ano, que acontece em dezembro.

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