Bancos fazem projeções de R$ 150 bilhões em ofertas de ações para 2021

2020 foi o melhor ano para listagens desde 2007

Por Da Redação
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Bancos fazem projeções de R$ 150 bilhões em ofertas de ações para 2021

Foto: Reprodução/Suno Research

O ano de 2020 já se tornou histórico graças à pandemia da Covid-19 e seus efeitos sem precedentes na economia e, por mais contraditório que pareça, no mercado de capitais essa marca terá um tom positivo. Esse foi o melhor ano para listagens iniciais desde 2007 e com o maior volume total de operações da história (R$ 117 bilhões), perdendo apenas para 2010, quando houve a megacapitalização da Petrobras. Segmentos que nunca tiveram representatividade na bolsa, como as startups de tecnologia, e outros que não traziam novidade há tempos, como o petrolífero, acessaram o mercado brasileiro este ano (listando companhias como Méliuz, Enjoei e 3R Petroleum). 

O último IPO do ano, definido nesta terça-feira (15), é de uma companhia de softwares, a Neogrid. Também pela primeira vez na história, uma empresa já estreou na bolsa brasileira valendo mais de R$ 100 bilhões, caso da Rede D’Or. Não teve demanda só para novatas. Seis "follow-ons" deste ano figuram na lista das 20 maiores ofertas subsequentes feitas desde 2004 (Petrobras, Lojas Americanas, Suzano, Rumo, Natura e Via Varejo). Todas essas operações foram viabilizadas com a menor participação de investidores estrangeiros da história. Os não residentes ficaram com apenas 25% das ofertas, em média.

Não por acaso, os coordenadores de ofertas se dizem “bastante otimistas” para 2021, com projeções em torno de R$ 140 bilhões a R$ 150 bilhões para as emissões de ações. A avaliação é que, se os investidores institucionais locais conseguiram viabilizar esse volume enquanto o estrangeiro deu de ombros para o Brasil, a liquidez global, a desvalorização do dólar e um potencial novo ciclo de commodities podem trazer esses investidores de volta ao país — como já começa a mostrar o mercado secundário. “Vamos fechar o ano sem nem fazer intervalo”, diz Bruno Saraiva, corresponsável pelo banco de investimento do Bank of America (BofA) no Brasil, que liderou a maior oferta do ano.

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