Bancos privados antecipam alta da Selic e elevam juros do crédito imobiliário

Para economistas, apesar da alta, os valores ainda são baixos para os acontecimentos de 2020

[Bancos privados antecipam alta da Selic e elevam juros do crédito imobiliário]

FOTO: Fabiano Couto/Sindicato dos Bancários de Santos e Região

Com receio de um novo aumento da Selic, que deve subir a taxa básica de juros em pelo menos 1 ponto, alcançando 6,25 ao ano, os bancos privados elevaram suas taxas em cerca de 1 ponto porcentual nas linhas de créditos tradicionais.

Uma das instituições que puxou a fila dos aumentos foi o Santander, que subiu 7,99% o juro do crédito mobiliário, mais variação da Taxa Referencial (TR), para 8,99%. Em seguida, aparece o Bradesco, que passou a ter taxas que variam entre 8,50% e 8,90% ao ano mais TR. Nesta quarta-feira (15), o Itaú Unibanco inicia a cobrança de 8,30% ao ano mais variação TR.

A alta dos bancos privados ocorrem enquanto a Caixa Econômica Federal anuncia redução dos juros do financiamento imobiliário nesta semana. 

Em entrevista ao jornal Estado de S.Paulo, o vice-presidente imobiliário do Sinduscon-SP [Sindicato da Indústria da Construção Civil], José Romeu Ferraz Neto, pontuou que apesar da alta, os juros ainda são baixos de comparado aos acontecimentos ocasionados pela pandemia de Covid-19.

“É óbvio que cada vez que aumenta taxa não é bom para ninguém, mas historicamente estamos trabalhando com juros baixos, se compararmos com tudo que aconteceu no passado”, afirmou.

O economista-chefe do Secovi-SP [Sindicato da Habitação], Celso Petruci, também concordou Romeu Ferraz. “Não é o melhor dos mundos, mas ainda está abaixo da mediana das taxas cobradas dois anos atrás, que variava entre 10% e 10,5% ao ano”, diz o economista.

Apesar de não considerarem alto, o aumento é um obstáculo para os clientes mais pobres na compra da casa própria.  A cada 1 ponto porcentual de alta há o encarecimento de 8% no valor da prestação e um acréscimo de 8% na renda exigida para aprovação do financiamento. 

Ou seja, uma prestação, por exemplo, que seria de R$ 1 mil, subiria para R$ 1,080. No caso de uma renda de R$ 4 mil, ela saltaria para R$ 4.320.


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