Batizada de Gamma-plus, estudo detecta cepa mais potente no Brasil

Nova variante foi localizada em sete estados do país

Por Da Redação
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Batizada de Gamma-plus, estudo detecta cepa mais potente no Brasil

Foto: Unplash

Um estudo divulgado pelo portal Medicina S/A na última quinta-feira (12) apresentou a existência de uma variante mais potente e possivelmente mais transmissível do coronavírus no Brasil, batizada de Gamma-Plus. A pesquisa, conduzida por pesquisadores do Genov, um dos principais projetos de vigilância genômica do Sars-CoV-2 da América Latina, encontrou a presença da nova cepa em 7 estados do país. 

Segundo os cientistas, a nova cepa traz alteração genética, codificada como P681H, em que o vírus substituiu o aminoácido prolina por outro, a histidina, o que altera a velocidade de infecção do vírus nas células humanas, ela também está presente em outras variantes, como a Delta. 

Em comunicado, o coordenador da Genov, biólogo e virologista José Eduardo Levi, afirma que a alteração genética tem aparecido com mais frequência nas amostras brasileiras.

"Essa mutação de prolina para histidina já havia sido vista em todas as variantes de preocupação, mas não era muito comum na Gamma. No entanto, temos visto um aumento em sua ocorrência nas amostras brasileiras", disse.

O estudo da Genov, feito em vinculação à Dasa - uma das maiores redes de diagnóstico do Brasil - foi realizado com base em 1.380 amostras do coronavírus coletadas em pessoas infectadas de todas as regiões do Brasil. Os dados foram colhidos entre maio e junho deste ano. 

Durante os estudos, foi identificada uma variação da já existente, Gamma, encontrada em 95% das pessoas, mas no meio dessas amostras, havia 11 da variante Gamma-plus

Do total, cinco são do estado de Goiás, duas do Tocantins, uma do Mato Grosso, uma do Ceará, uma de Santa Catarina e uma do Paraná. Além de uma no Rio de Janeiro, com alteração do aminoácido prolina por arginina. O nome gamma-plus foi dado em razão do aumento do perigo, em relação a anterior. 

"São achados que reforçam nossa percepção de que não devemos minimizar o risco que as variantes importadas para o nosso país, como a Delta, possam representar, mas que precisamos nos manter atentos para a evolução local da Gamma", concluiu Levi.

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