BNDES receberá R$ 350 milhões para investir em saneamento básico
Recursos vindos do Ministério do Meio Ambiente objetivam projetos de urbanização e aquisição de maquinário

Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social, o BNDES, anunciou no último domingo (2), que receberá recursos do Fundo Clima, lotado no Ministério do Meio Ambiente, no valor de 350 milhões de reais, que serão dedicados prioritariamente para investimentos em saneamento e recuperação de resíduos sólidos.
A intenção, de acordo com o banco, é a melhoria da qualidade de vida da população urbana, com foco principal na urbanização, meio ambiente e condições sanitárias. Os recursos são dedicados ao apoio a implantação de empreendimentos, a compra de máquinas e equipamentos e o desenvolvimento tecnológico relacionados à diminuição de emissões de gases do efeito estufa e a adaptação as mudanças climáticas e os efeitos.
Defensor da ideia que o saneamento básico é o principal problema ambiental no país, o ministro Ricardo Salles comemorou, no Twitter, o encaminhamento dos recursos. “Saneamento e lixo, os grandes desafios ambientais das cidades brasileiras” , destacou om ministro. Momentaneamente, 100 milhões de pessoas não tem coleta de esgoto nas residências e 35 milhões sequer possuem acesso a água tratada. De acordo com divulgado pelo BNDES, oito projetos de concessões estaduais e municipais estão sendo estruturados, que atenderão 25 milhões de brasileiros e trazer mais de 55 bilhões de reais em investimentos.
A lei sancionada pelo presidente Jair Bolsonaro no mês passado, institui o novo marco regulatório do saneamento básico. A medida abre caminho para que empresas privadas hajam no setor e para a universalização do acesso para água e esgoto. Hoje, o saneamento é prestado em maioria por empresas públicas.
Além de chamar atenção para investimentos privados, considerados essenciais para retomada da economia pós-pandemia, o texto sancionado por Bolsonaro, tem como outro objetivo, a universalização do saneamento (prevendo coleta de esgoto para 90% da população) e o fornecimento de água potável para 99% da população até o fim de 2033.