Bob Dylan sofre processo por suposto abuso sexual cometido em 1965
A vítima teria 12 anos na época que o crime aconteceu

Foto: Jo Hale/Redferns/Getty Images
Um processo contra o cantor Bob Dylan, de 85 anos, foi ajuizado, nesta segunda-feira (16), por suposto assédio sexual cometido contra uma garota de 12 anos no ano de 1965. De acordo com a vítima, identificada apenas como J.C., o músico teria dopado ela com entorpecentes e bebidas alcoólicas no Chelsea Hotel, localizado em Nova Iorque.
Segundo os documentos da Suprema Corte da Manhattan, divulgados pelo New York Post, o processo teria sido movido pela mulher, que agora tem 65 anos, e inclui crimes como "agressão, cárcere privado e imposição de sofrimento emocional". O documento pede o pagamento de uma indenização, sem valor específico, e um julgamento com júri.
Ação alega que o cantor, que na época tinha 23 ou 24 anos, teria usado a fama para ganhar a confiança da vítima, "como parte de seu plano de molestá-la sexualmente e abusar dela" e que isso teria causado "efeitos emocionais duradouros", e a necessidade de atendimento médico para tratar ansiedade, depressão e a "humilhação" do acontecimento.
O documento diz que "Bob Dylan, durante um período de seis semanas entre abril e maio de 1965, tornou-se amigo e estabeleceu uma conexão emocional com o(a) querelante" como forma de "diminuir as inibições [da menina] com o objetivo de abusar sexualmente dela". Ação teria sido praticada a partir do "fornecimento de drogas, álcool e ameaças de violência física, deixando-a emocionalmente marcada e psicologicamente danificada até hoje".
J.C entrou com o processo com base numa lei estadunidense que prevê que vítimas de abuso infantil podem denunciar os agressores, independentemente do tempo em que o fato ocorreu.