"Bolsas e programas assistencialistas não tiram pessoas da miséria", diz Bolsonaro

Em encontro com jornalistas estrangeiros, presidente também falou da Ancine, reeleição e outros assuntos

Por Juliana Dias
Às

"Bolsas e programas assistencialistas não tiram pessoas da miséria", diz Bolsonaro

Foto: Marcos Corrêa

O presidente Jair Bolsonaro se irritou na manhã desta sexta-feira (19) ao ser questionado sobre a fala de que brasileiro não passa fome.  No café da manhã com jornalistas estrangeiros [em coletiva transmitida por suas redes sociais], o mandatário do país afirmou que é uma "grande mentira" dizer que brasileiros passam fome. Depois, reforçou ao sair do Ministério da Cidadania em Brasília: "A gente não sabe porque uma pequena parte passa fome e outros passam mal ainda" e complementou "o que tira o homem e a mulher da miséria é o conhecimento, não são bolsas e programas assistencialistas. Nós temos que lutar neste sentido, nesta linha, para dar dignidade ao homem e a mulher brasileiros".

Para ele, a situação é inaceitável em um país, "rico como o nosso", em que há terra e água em abundância, portanto, dizer que se passa fome no Brasil seria um "discurso  populista".

Reforma Tributária

Bolsonaro também confirmou que o Executivo enviará ao Congresso Nacional em agosto uma reforma tributária, que trate apenas dos tributos federais. "Ao longo dos meus 28 anos dentro da Câmara, quando se quis fazer uma reforma tributária envolvendo Estados e municípios não deu certo. Serve para palanque, para discurso e não se chega a lugar nenhum. Nós vamos fazer a nossa parte, e Estados e municípios que queiram, que o façam", explicou.

Ancine

Bolsonaro também reforçou que quer transformar a Ancine (Agência Nacional do Cinema) em uma Secretaria que poderá ser vinculada a um Ministério, ainda não definido. Segundo o presidente, o objetivo é fazer um filtro ao que é produzido pela Agência, sob o risco de extingui-la. "Não pode dinheiro público para fins pornográficos", repetiu duas vezes.

Eduardo embaixador

O Brasil ainda não formalizou a indicação aos Estados Unidos de Eduardo Bolsonaro, filho do presidente, para o cargo de embaixador no país. "O meu filho está indo para trabalhar nos Estados Unidos e não é nepotismo segundo o Supremo Tribunal Federal" e completou "ele será o nosso cartão de visita". De acordo com Bolsonaro, falta uma resposta positiva dos Estados Unidos para que se marque a data da sabatina dentro do Senado Federal. 

Reeleição

"Enquanto estou vivo e meu coração estiver batendo, estou na política", registrou Bolsonaro, que adiantou que abriria mão da reeleição caso seja aprovada uma reforma política, que, entre outras mudanças, traga a diminuição do número de parlamentares.

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