Bolsonaro deve definir próximas parcelas do auxílio até sexta-feira (21)
Equipe econômica e parlamentares não chegam a consenso sobre valor a ser repassado

Foto: Reprodução/G1
Até a próxima sexta-feira (21), o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) deve definir por qual valor deve prorrogar o auxílio emergencial, atualmente em R$ 600, e em quantas parcelas adicionais. Diante do gasto de R$ 50 bilhões por mês, a equipe econômica insiste em um valor menor, enquanto líderes dos partidos defendem mais uma parcela de R$ 600 e duas de R$ 300, até o fim do ano.
A ideia defendida por auxiliares do ministro da Economia, Paulo Guedes, é prorrogar benefício no valor de R$ 200, R$ 250 ou R$ 300 até o fim do ano a fim de construir uma transição para o Renda Brasil, programa social do governo Bolsonaro que vai substituir o Bolsa Família.
O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), disse ontem (18) que dificilmente o programa deve ser prorrogado com o valor atual, "O parlamento tem responsabilidade. A gente sabe que a manutenção dos R$ 600 é muito difícil", afirmou.
Porém, a oposição insiste na manutenção do valor atual até o fim do ano. O deputado Orlando Silva (PCdoB-SP) declarou que caso o governo envie uma proposta reduzindo o valor do auxílio emergencial, o Congresso vai restabelecer o valor original de R$ 600. "Eu duvido que o presidente tenha coragem de reduzir o valor do auxílio porque está surfando na onda" afirmou Silva, ao se referir aos efeitos do benefício na popularidade do presidente.


