Bolsonaro reforça que deseja o filho na embaixada americana

O presidente Jair Bolsonaro reforçou nesta terça (16), que quer o filho Eduardo Bolsonaro, atualmente deputado federal, como embaixador dos Estados Unidos. Na cerimônia de posse do presidente do BNDES, Gustavo Montezano, no Palácio do Planalto, ao lembrar do grupo que compunha o círculo de amigos de seus filhos, Flávio e Eduardo Bolsonaro, ressaltou a alta função que todos ocupam atualmente. "Temos um presidente do BNDES, temos um senador da república [Flávio], que por ser meu filho tem seus problemas potencializados. E temos também, se Deus quiser, um embaixador na potência mais importante do mundo [Eduardo]", frisou.

Um pouco antes, brincou com as reportagens que citam que entre os atributos de Eduardo para o cargo de embaixador estaria de ter "fritado hambúrguer" nos Estados Unidos. "Muitos fritaram hambúrguer [pra chegar onde chegaram]. Mesmo porque apesar do pai ser deputado federal não tinha como bancar um aperfeiçoamento dele no intercâmbio a não ser que trabalhasse nos Estados Unidos", afirmou.

No discurso, Jair Bolsonaro disse querer um BNDES transparente, servindo ao povo, o mesmo que foi defendido pelo novo presidente do Banco, que disse estar "totalmente" alinhado ao governo e aos objetivos no Ministério da Economia. Montezano apresentou cinco metas para apresentar nos próximos seis meses de gestão. Entre elas, "abrir a caixa preta" do banco para a população, devolver R$ 126 bilhões ao Tesouro Nacional e melhorar a prestação de serviços ao Estado brasileiro, para deixá-lo focado em soluções para saúde, educação e segurança pública. "Menos banco, mais desenvolvimento", foi o lema usado por Montezano que garantiu que ajudará nas privatizações, concessões e desinvestimentos do governo, além de auxiliar o setor público a sanar suas contas.

O ministro Paulo Guedes, que participou da cerimônia, concordou que entre os objetivos desta nova gestão do BNDES está acelerar privatizações e acrescentou o investimento na infraestrutura e na área de saneamento básico. Para Guedes, a falta do saneamento é uma das grandes responsáveis pela expectativa de vida mais baixa no Nordeste, por conta da mortalidade infantil. "Há 40 mil crianças que morrem no Brasil por falta de saneamento", lamentou.