O presidente Jair Bolsonaro disse, nesta segunda-feira (11), em conversa com apoiadores, que "se pudesse" passaria o comando da Petrobras para o vice-presidente Hamilton Mourão. Na ocasião, ele também reclamou das críticas relacionadas ao preço dos combustíveis e reafirmou que não interfere na política da estatal.

“O dólar está diretamente ligado ao preço do combustível por lei. Eu tenho que cumprir a lei. Eu não mando na Petrobras. Eu quero… Se eu pudesse eu passava a Petrobras para o Mourão administrar, ‘olha, se aumentar combustível quem manda é o Mourão’”, disse.

Ele pontuou ainda que não pode "congelar os preços na canetada" e que sua responsabilidade é apenas indicar o presidente para a empresa. “Eu indico o presidente [da Petrobras], mas eu não posso segurar preços de combustíveis. Ou melhor, o presidente não pode segurar. Ele responde civil e criminalmente".

“Está caro o combustível, ainda mais em um país que produz mais de 3 milhões de barris de petróleo [por dia], mas a legislação fala na paridade do preço lá de fora. Não precisava ser assim. Não temos um fundo compensador para a variante do preço do combustível e todo mundo paga essa conta. Eu não posso rasgar contratos”, declarou.