Bolsonaro pede apoio nas redes sociais pela aprovação da Nova Lei do Gás
Projeto está tramitando na Câmara em regime de urgência

Foto: Reprodução
Na manhã desta quarta-feira (5), o presidente Jair Bolsonaro pediu em suas redes sociais o apoio do setor produtivo para a aprovação da Nova Lei do Gás, a PL 6.407/13. O projeto de Lei está tramitando em regime de urgência na Câmara dos Deputados desde a semana passada é considerado fundamental para estimular investimentos e gerar empregos.
1- O @govbr mobiliza o setor produtivo em prol da aprovação da Nova Lei do Gás (PL 6407). Redução de os custos ao consumidor, produção industrial, micro, pequenas empresas e geração de empregos. Detalhes nas redes sociais da @EconomiaSepec . https://t.co/FZ8MrCrmrA pic.twitter.com/7nJjZ5zIV0
— Jair M. Bolsonaro (@jairbolsonaro) August 5, 2020
A estimativa apontada por estudos feitos da Findes (Federação das Indústrias do Espírito Santo), CNI (Confederação Nacional da Indústria) e Abrace (Associação Brasileira de Grandes Consumidores Industriais de Energia) é de que o preço do gás tenha uma queda de 50% em relação à média praticada em 2019, que foi de US$ 14 mm/BTU. Na Europa esse valor é menos da metade, US$ 6,00, e nos EUA, US$ 3,00.
Isso significa que a aprovação pode tornar o preço no Brasil mais competitivo em relação ao mercado internacional. A redução do preço também pode estimular investimentos industriais da ordem de R$ 95 bilhões por ano nos próximos 5 anos, chegando a R$ 150 bilhões em 2030, de acordo com os cálculos da CNI. A Abrace prevê geração de 4 milhões de empregos no período de 10 anos.
“A aprovação da nova lei do gás é estratégica para todo o Brasil, favorecendo investimentos e empregos principalmente nas áreas de mineração, celulose, fertilizantes, petroquímica, siderurgia, vidro e cerâmica. Contamos com o apoio de nossos representantes em Brasília para fazer esse projeto de lei avançar o quanto antes”, afirma a presidente da Findes, Cris Samorini.
Sem mudanças
O ministro da Economia Paulo Guedes deseja que a Câmara aprove o projeto sem qualquer tipo de mudança no texto que prevê, por exemplo, o fim do monopólio das distribuidoras de gás nos estados. O ministro também acredita que construir gasodutos é uma “coisa do passado”. Atualmente, o Brasil importa e reinjeta 45% do gás liquefeito que extrai nos poços do pré-sal.
“O que as pessoas não têm percebido é que temos ferrovias levando a produção agrícola para os portos. Esses trens vão cheios para o porto e voltam vazios. A forma mais barata de interiorizar o gás natural liquefeito é nesses trens quando voltam para o local de origem”. Afirmou.