Bolsonaro pede investigação sobre manifestação em igreja no Paraná
Presidente disse que acionou ministérios da Justiça e Segurança Pública e dos Direitos Humanos

Foto: Agência Brasil
O presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou, na noite desta segunda-feira (7), que acionou o Ministério da Justiça e Segurança Pública e o Ministério da Mulher, Família e Direitos Humanos para investigar o caso de uma manifestação que entrou em uma igreja em Curitiba (PR), no último sábado (5).
Em postagem no Telegram, o presidente afirmou que quer que o órgão acompanhe o caso "de modo a garantir que os responsáveis pela invasão respondam por seus atos e que práticas como essa não ganhem proporções maiores em nosso país".
Já pelo Twitter, Bolsonaro afirmou que a presença do vereador Renato Freitas (PT) na manifestação contra os assassinatos de Moïse Kabagambe e Durval Teófilo Filho seriam uma tentativa da esquerda retomar o poder no Brasil.
- Acreditando que tomarão o poder novamente, a esquerda volta a mostrar sua verdadeira face de ódio e desprezo às tradições do nosso povo.
- Se esses marginais não respeitam a casa de Deus, um local sagrado, e ofendem a fé de milhões de cristãos, a quem irão respeitar? pic.twitter.com/RzCbOn2xK7
— Jair M. Bolsonaro (@jairbolsonaro) February 7, 2022
Já o vereador do PT negou que houve invasão na igreja, "pois ela se encontrava aberta e a missa já havia terminado, como facilmente consta nas imagens, já que o lugar estava vazio".
"Entramos na Igreja como parte simbólica da manifestação, uma vez que foi construída em 1737, durante o regime de escravidão, por pessoas pretas e para pessoas pretas, a quem era negado o direito de entrar em outros lugares. A motivação para a entrada dos manifestantes na igreja surgiu a partir de uma tentativa do padre, e de outras duas pessoas presentes, de calar nosso ato pacífico. Mais uma vez, querendo remover pessoas pretas de locais que também lhes pertence", explicou.