Bolsonaro perde apoio de evangélicos e reprovação ao governo já supera aprovação, aponta Datafolha
Pesquisa também mostra que o índice dos que consideram o governo ruim ou péssimo atingiu 53%

Foto: Marcos Correa/PR
A pesquisa Datafolha expõe a perda de apoio que o presidente Jair Bolsonaro vem tendo, inclusive entre grupos que, tradicionalmente, integram a base mais sólida. Entre os evangélicos, segmento que conta com acenos frequentes do chefe do Executivo, 29% avaliam o desempenho dele como ótimo ou bom — a aprovação chegou a ser de 40% em janeiro, o que representa uma queda de 11 pontos percentuais no período. A pesquisa foi realizada entre 13 e 15 de setembro com 3.667 eleitores em 190 cidades. A margem de erro é de dois pontos percentuais para mais ou menos.
Hoje, entre aqueles que se declaram evangélicos, há mais reprovação — 41% fazem esta avaliação — do que endosso, segundo o levantamento.
Desde o primeiro ano de mandato, o grupo de evangélicos é um daqueles em que o apoio ao governo é mais forte do que no conjunto geral da população — empresários e eleitores com renda familiar mensal acima de dez salários mínimos são alguns dos outros exemplos. O cenário se repete na pesquisa mais recente, mas no patamar mais baixo desde então. Em dezembro de 2019, 36% dos evangélicos qualificavam o governo Bolsonaro como ótimo ou bom. O volume começou este ano em 40%, foi a 37% em março e girou entre 33% e 34% até chegar aos atuais 29%.
Enquanto lida com a perda de adesão, Bolsonaro segue em contato permanente com lideranças evangélicas — pastores como Silas Malafaia foram bastante atuantes na convocação para os atos de 7 de setembro.