Bolsonaro seria muito bem recebido na Argentina, diz Valdemar sobre asilo político

A Polícia Federal afirmou nesta semana ter identificado no celular do ex-presidente uma minuta de pedido de asilo político direcionado a Javier Milei

Por FolhaPress
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Bolsonaro seria muito bem recebido na Argentina, diz Valdemar sobre asilo político

Foto: Reprodução/Youtube

O presidente nacional do PL, Valdemar Costa Neto, disse nesta sexta-feira (22) que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) seria "muito bem recebido" se tivesse asilo político na Argentina.

A Polícia Federal afirmou nesta semana ter identificado no celular do ex-presidente uma minuta de pedido de asilo político direcionado a Javier Milei. O documento viabilizaria a saída de Bolsonaro do Brasil e foi criado após a deflagração de investigações sobre a suposta tentativa de golpe de Estado, segundo a PF.

"Ninguém precisa pedir asilo. Você atravessa um rio aqui e você está na Argentina. E o Bolsonaro ia ser muito bem recebido lá, porque eu fui à posse do Milei com ele e fiquei impressionado com o povo na rua, o que tinha de gente no nosso hotel querendo conhecer Bolsonaro", afirmou Valdemar durante evento no Rio de Janeiro.

O presidente do PL discursou durante o 24° Fórum Empresarial Lide, em mesa dividida com o ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) André Mendonça, o senador Ciro Nogueira (PP-PI), o presidente do União Brasil, Antonio Rueda, e o governador do Rio de Janeiro Cláudio Castro (PL).

Valdemar também minimizou publicação em que o vereador Carlos Bolsonaro (PL), filho de Bolsonaro, comparou a "ratos" candidatos a governadores que são pré-candidatos à presidência em 2026.

"São todos parceiros nossos, o [Romeu] Zema, em Minas Gerais, o [Ronaldo] Caiado, em Goiás. Temos gente preparadíssima, como Ratinho [Jr., governador do Paraná]. Tenho certeza que nós vamos estar juntos no segundo turno, ou até no primeiro, quem sabe. Acontece que às vezes um filho vê o pai naquele estado e se desespera, fica nervoso, é natural. Temos que defender nossas famílias", afirmou Valdemar.

A fala que atribui a publicação de Carlos a um momento difícil da família Bolsonaro também foi repetida por governadores como Zema e Castro durante a semana.

No evento, Valdemar afirmou que Brasília vive uma guerra contra Bolsonaro e seu partido. Ele não citou, porém, nenhuma instituição política em seu discurso.

"O que estão fazendo com o presidente Bolsonaro, a humilhação que eles estão impondo ao nosso partido e ao presidente Bolsonaro tem destruído Bolsonaro pessoalmente. Ele fez uma operação muito séria recentemente, e dia após dia é um acontecimento", afirmou durante fórum do Lide, grupo empresarial do ex-governador João Doria.

Sem citar o STF, Valdemar afirmou que não havia motivo para a imposição do uso de tornozeleira eletrônica por Jair Bolsonaro.

A defesa enfática ao ex-presidente acontece após críticas de aliados de Bolsonaro a Valdemar devido a um comentário tímido dele no Twitter depois da notícia sobre a sua prisão domiciliar. "ESTOU INCONFORMADO!!!!! O QUE MAIS POSSO DIZER?", escreveu na época.

Após as críticas, Valdemar apagou a postagem e fez outra publicação maior, que mesmo assim foi lida como insuficiente por alguns aliados.

"A ordem de prisão do presidente Bolsonaro, um dia após as manifestações populares (às quais Bolsonaro não compareceu), soa como vontade de calar uma boa parte da população brasileira que, de forma pacífica, conforme autoriza a constituição, foi às ruas protestar, como permite um regime democrático", disse na época.

'QUERO QUE ELE DECIDA' O CANDIDATO A PRESIDENTE
Valdemar Costa Neto também falou sobre a corrida presidencial de 2026. Ele disse que ainda tem esperança de Bolsonaro participar das eleições, comparando o caso dele com a prisão de Lula. "Quem diria (...) que ele seria candidato a presidente? Foi candidato e ainda ganhou."

"Bolsonaro não comenta comigo, e se faz comentário comigo eu não levo em consideração, porque eu quero que ele decida. E sei que quando ele decidir vai ser pela cabeça dele", afirmou.

O presidente do PL citou o nome de Tarcísio de Freitas em sua fala, discorrendo com mais ênfase sobre o governador.

Ele disse que "quase teve um infarte" quando Bolsonaro o escolheu para ser o candidato dele a governador de São Paulo. Segundo

Valdemar, seria um nome improvável já que ele não vota no estado nem conhece a unidade federativa direito e "não fez uma obra para São Paulo" quando era ministro da Infraestrutura no governo anterior.

Ainda sim, segundo Valdemar, foi uma escolha acertada, já que Tarcísio hoje tem um alto índice de aprovação no Brasil.
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A repórter Stéfanie Rigamonti viajou a convite do Lide

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