Brasil atinge nível crítico em ocupação de UTIs desde julho, aponta Fiocruz
Situação do Rio de Janeiro é a mais preocupante

Foto: Reprodução/ Agência Brasil
Um balanço feito pelo Observatório Covid-19 ligado à Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) apontou que a ocupação dos leitos de Unidade de Tratamento Intensivo (UTI) nos hospitais em todo o país está em seu nível mais crítico desde julho de 2020.
Os números mais próximos ao patamar da série histórica são de julho, quando havia 3 registros de taxas de ocupação críticas, 15 enquadradas como médias e 9 em baixo.
Nos dados relacionados ao dia 4 de janeiro de 2021, a maior parte das 28 localidades aferidas estão com índices altos. Oito estão em estado crítico, 15 enquadradas como médio e seis em baixo. O Estados do Espírito Santo, Distrito Federal, Mato Grosso do Sul, Pernambuco, Roraima, Amazonas, Amapá e Rio de Janeiro estão entre os que foram classificados críticos. Sendo o Rio, com 100% de ocupação nos leitos de UTI.
"A situação é crítica pelo potencial de crescimento que estamos vendo e pela ocupação dos leitos de UTI", avalia Gustavo Matta, coordenador do eixo de Impactos Sociais e Econômicos do Observatório Covid-19 da Fiocruz. "Temos visto em capitais, com Rio e Manaus, os números crescendo de maneira muito grande."
"A chegada da vacina é uma ótima notícia, mas não nos permite flexibilizar o distanciamento social e outras precauções enquanto não tiver um impacto dela. Vai demorar até atingir uma imunidade coletiva que proteja as pessoas, especialmente as que não podem se vacinar, como crianças, gestantes, imunodeprimidas. Temos que tentar criar uma barreira protetora imunológica", sugere.