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Brasil é o primeiro país a oferecer vacinas contra a dengue no sistema público de saúde

Ministério da Saúde anuncia estratégia de vacinação para crianças e adolescentes de 10 a 14 anos

Por Da Redação
Ás

Brasil é o primeiro país a oferecer vacinas contra a dengue no sistema público de saúde

Foto: Reprodução

O Brasil é o primeiro país a disponibilizar vacinas contra a dengue no sistema público de saúde. Produzida pelo laboratório japonês Takeda, a vacina denominada Qdenga será direcionada, inicialmente, para regiões com maior incidência e transmissão do vírus, com foco em crianças e adolescentes de 10 a 14 anos. 

A Qdenga, avaliada pela Comissão Nacional de Incorporações de Tecnologias (Conitec) no Sistema Único de Saúde (SUS), visa atender municípios de grande porte com alto índice de transmissão nos últimos dez anos e população residente igual ou superior a 100 mil habitantes. A escolha leva em consideração também altas taxas de contaminação nos últimos meses. Em 2024, o público-alvo são crianças e adolescentes, faixa etária com maior incidência de hospitalização por dengue. O esquema vacinal compreende duas doses com intervalo de três meses.

A Dengue é transmitida por mosquitos infectados, podendo contaminar com quatro sorotipos virais diferentes. A vacina Qdenga, tetravalente, é produzida a partir do vírus vivo atenuado, fortalecendo a resposta do sistema imunológico contra a infecção pela dengue.

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) concedeu o registro da vacina em março de 2023, baseando-se em estudo com mais de 28 mil pessoas, incluindo crianças e adultos. A eficácia e os efeitos da vacina continuarão sendo monitorados pela empresa fabricante, com supervisão do Ministério da Saúde.

Antes de sua incorporação ao SUS, a Qdenga passou pela avaliação da Comissão Nacional de Incorporações de Tecnologia (Conitec), vinculada à Secretaria de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos (SCTIE) do Ministério da Saúde.

A pesquisa de desenvolvimento da vacina envolveu mais de 20.000 crianças e adolescentes saudáveis de 4 a 16 anos, residentes em países endêmicos, divididos por região e idade.

O esquema vacinal da Qdenga consiste em duas doses, com intervalo de 90 dias entre cada uma. Pessoas que já tiveram dengue são recomendadas a se vacinar para prevenir novas infecções ou, em caso de contágio, reduzir a gravidade dos sintomas.

A eficácia da vacina contra diferentes sorotipos é notável, conforme dados divulgados pela Sociedade Brasileira de Imunizações (SBim). A Dengue-1 teve eficácia de 69,8%, Dengue-2 de 95,1%, e Dengue-3 de 48,9%. A Dengue-4 não pôde ser avaliada devido à baixa incidência. A vacina também mostrou eficácia na redução de hospitalizações por dengue.

A Qdenga possui as mesmas contraindicações de outras vacinas feitas a partir de vírus vivo, sendo desaconselhada para gestantes, lactantes e pessoas com imunodeficiência. Diferentemente da Dengvaxia, aprovada anteriormente, a Qdenga não exige contato prévio com o vírus para ser administrada, expandindo sua aplicabilidade no SUS.

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