Brasil fecha 3º trimestre com queda de 76% no setor aéreo

Durante a pandemia, companhias demitiram pelo menos 2,9 mil funcionários

[Brasil fecha 3º trimestre com queda de 76% no setor aéreo]

FOTO: Agência Brasil

De acordo com os dados disponibilizados no site da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) nesta quarta-feira (21), o Brasil encerrou o terceiro trimestre deste ano com queda de 76% no número de passageiros, quando comparado ao mesmo período do ano passado. Mesmo com o resultado, o mês de setembro registrou o melhor desempenho desde o início da pandemia da Covid-19, doença causada pelo novo coronavírus.

Os dados apontam ainda que foram 7,2 milhões de passageiros entre julho, agosto e setembro de 2020, enquanto os mesmos meses do ano passado marcaram quase 30,5 milhões. Só em setembro deste ano, 3,2 milhões de passageiros passaram pelos aeroportos do país. É uma queda de 67% em relação ao mesmo mês do ano passado, mas superior à marca de agosto em quase 900 mil.

De acordo com o presidente do Sindicato Nacional dos Aeroviários, Ordino Dutra, mesmo que o resultado esteja longe do que foi obtido no mesmo período do ano passado, o número de passageiros de avião no Brasil cresce aos poucos desde abril. "A gente tem observado uma retomada do mercado doméstico maior do que se esperava em maio. Nós esperávamos em torno de 40% em dezembro e acreditamos que agora em dezembro já conseguimos chegar a 60% da demanda que existia. O sindicato está otimista com a retomada do mercado doméstico", disse.

Demissões

De acordo com o Sindicato Nacional dos Aeroviários, foram formalizados mais de 70 acordos coletivos de trabalho prevendo redução de jornada e de salário temporário, com garantia de emprego. "Houve demissão em massa somente na Latam, que cortou 2.750 mil tripulantes", relembra Ordino Dutra.

Segundo a empresa, "por ser a maior e mais antiga das três empresas que atuam no Brasil e que remunera mais os tripulantes tanto em voos domésticos quanto em internacionais", precisou "rever seu modelo atual de remuneração".

A LATAM informou que "em função da proposta ter sido rejeitada pelo Sindicato, a companhia precisou desligar 2.700 tripulantes no Brasil". Já a Gol disse que 200 colaboradores foram desligados durante a pandemia porque a empresa conseguiu acordos com os sindicatos que representam a categoria.  Até o momento, a  Azul não informou quantas demissões ocorreram até agora. Informou, no entanto, que a companhia terá 505 voos diários e atenderá 89 destinos ao final de outubro. 


Comentários