Brasil gasta R$ 8,3 bilhões por ano com servidores em carreiras extintas

Esse é o valor gasto com o pagamento de 69 mil servidores

Por Da Redação
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Brasil gasta R$ 8,3 bilhões por ano com servidores em carreiras extintas

Foto: Agência Brasil

O secretário especial de Desburocratização do Ministério da Economia, Caio Paes de Andrade, disse nesta segunda-feira (26), durante a primeira audiência pública da reforma administrativa na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) na Câmara dos Deputados, que o governo federal gasta R$ 8,3 bilhões por ano com 69 mil servidores que trabalham em funções consideradas extintas pela União.  

“É um dado de hoje: somente no Executivo federal, nós gastamos R$ 8,3 bilhões, com 69 mil servidores que trabalham em funções que nós consideramos extintas”, disse. “Esse é o tipo de distorção que nosso sistema criou. Se isso já não faz nenhum sentido nos dias de hoje, imaginem daqui a dez anos com tantas tarefas se tornando automáticas e digitais”, completou.

Segundo ele, essa é uma situação complexa e citou, na ocasião, como exemplo um servidor que foi contratado como operador de telex. “O operador de telex está até hoje na nossa folha de pagamento, mas não tem mais telex e, ao mesmo tempo, não conseguimos preparar esse cidadão para outro trabalho porque caímos no desvio de função”,  explicou.

Ele também avaliou que o processo de digitalização e desburocratização do estado deve se aprofundar, o que vai modificar a atuação dos servidores públicos. No evento, Paes de Andrade se dirigiu ainda aos atuais servidores, que não são afetados pela proposta do governo. “É importante que os servidores públicos atuais que não têm seus direitos afetados pela nossa PEC entendam isso. Estamos ajustando o futuro para criar uma administração pública mais moderna e eficiente e com isso honrar todos os compromissos contratados no presente”, disse. 

Além disso, Paes de Andrade ponderou que a situação do funcionalismo na esfera federal é complicada, mas que nos governos estaduais e municipais é ainda mais delicada. Por isso, a proposta de reforma administrativa do governo comporta um arcabouço legal para melhorar a gestão do funcionalismo.


 

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