‘Brasil não se encontra em equilíbrio’, diz diretor-executivo da IFI

Marcus Pestana defende esforço de ajuste para evitar consequências graves

Por Da Redação
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‘Brasil não se encontra em equilíbrio’, diz diretor-executivo da IFI

Foto: Agência Senado/Pedro França

O diretor-executivo da Instituição Fiscal Independente (IFI), Marcus Pestana, afirmou nesta terça-feira (10), em reunião na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE), que o país precisa fazer um “esforço de ajuste” para evitar “consequências muito graves” nas contas públicas no próximo ano. 

“O Brasil não se encontra em uma situação de equilíbrio. Há um ajuste a ser feito. O crescimento desordenado e agudo da dívida pública pode trazer consequências muito graves. O Brasil precisaria produzir um superávit primário de 1,5% do PIB [Produto Interno Bruto]”, afirmou.

“No entanto, desde 2014, com exceção de 2021, produzimos déficits. E tudo indica que o deste ano vai girar entre 1% e 1,4%. A meta de déficit zero para 2024 é um objetivo desafiador”, completou.  

Pestana citou ainda proposições aprovadas ou em análise no Congresso Nacional como exemplo da preocupação do país com a questão fiscal. Ele destacou o voto de desempate no Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf), o novo arcabouço fiscal e a reforma tributária.

“Há um razoável consenso no Brasil de que a responsabilidade e o equilíbrio fiscal são essenciais para o desenvolvimento sustentado do país. O descontrole das finanças públicas inequivocamente provoca inflação, juros altos, desemprego, recessão e dívida crescente. Forma um círculo vicioso que não liberta o país para um processo positivo e virtuoso de crescimento sustentado e inclusivo”, concluiu.

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