Brasil perde 65% dos leitos de UTI abertos desde o início da pandemia
Secretários da Sáude tentam convencer o Ministério da Saúde a manter pelo menos 5 mil leitos no SUS

Foto: Reprodução/ Agência Brasil
Com o número de casos de Covid-19 em queda no Brasil, os leitos clínicos e de UTI do Sistema Único de Saúde (SUS), abertos temporariamente durante a pandemia, já começaram a ser fechados. Por outro lado, há um movimento entre os secretários da saúde que reivindicam que parte desses leitos sejam incorporados definitivamente à rede pública.
De acordo com o Ministério da Saúde, dos 14.843 leitos de UTI adultos e 249 pediátricos habilitados, resta pouco mais de um terço, o que equivale a 5.233 de adultos e apenas seis leis pediátricos.
Com isso, os secretários de municípios e estados tentam convencer o ministério a manter pelo menos 5 mil leitos de UTI nas regiões que mais sofrem de precariedade do serviço.
Além da pandemia não ter acabado, essa redução de leitos pode implicar caso o país tenha um repique de casos, como ocorre na Europa. Atualmente, embora a letalidade tenha caído, também há outro problema, os hospitais cada vez mais estão lotando com pacientes de outros tipos de doenças, que não procuraram assistência no período do distanciamento social.
Por meio de nota, a pasta da Saúde afirmou que, sob a emergência pública em decorrência da Covid-19, o foco será a continuidade de habilitações de leitos de UTI exclusivos para o tratamento de pacientes com a doença.
Ao ser procurado pela Folha de S. Paulo, o Conselho Nacional de Secretários da Saúde (Conass) informou que só iria se manifestar sobre o assunto quando concluir a análise oficial, o que deve acontecer nas próximas semanas.