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Brasil pode registrar pior década de crescimento econômico desde 1901, diz Credit Suisse

No país, fiscal será o grande tema para 2021 e 2022

Por Da Redação
Ás

Brasil pode registrar pior década de crescimento econômico desde 1901, diz Credit Suisse

Foto: Agência Brasil

De acordo com os dados do Credit Suisse, o Brasil está perto de registrar os piores números na economia desde 1901. A pesquisa aponta que a pandemia da Covid-19, doença causada pelo novo coronavírus, e o recuo da economia no período entre 2014 e 2016 são os principais fatores para os resultados negativos. “O péssimo desempenho da economia na atual década reforça a necessidade de acelerar a aprovação das reformas para tornar a economia mais competitiva e eficiente”, dizem os economistas Solange Srour e Lucas Vilela em relatório. 

Entre as medidas apontadas por eles, estão a simplificação do sistema tributário, melhoria do ambiente de negócios, aumento da flexibilidade do mercado de trabalho, privatizações e abertura da economia. Apesar da negatividade, os analistas destacam que, desde 2016, diversas medidas positivas foram aprovadas no Congresso como, por exemplo,  o teto de gastos, as reformas trabalhista e da Previdência e a redução do balanço de pagamentos públicos. 

Além disso, essas medidas também ajudaram o Brasil no combate da pandemia este ano, de acordo com o Credit. O teto de gastos permitiu ao governo aumentar os gastos extraordinários e ancorou a expectativa dos agentes econômicos de que esses gastos seriam temporários, limitando uma grave deterioração das condições financeiras que poderia ocorrer se o governo abandonasse as regras fiscais permanentemente.

Recuperação 

Ainda de acordo com o Credit, há uma estimativa para recuperação econômica em 2021. Após uma queda de 4,3% do PIB este ano, o país  deve registrar alta de 4% no próximo ano e 2,9% em 2022. Recuperação essa que deve ser impulsionada pela demanda doméstica privada.

Já a inflação, para os analistas, deve permanecer em torno de 4% em 2021, impulsionada por um repasse da forte depreciação da taxa de câmbio, retomada da demanda e a implementação de aumentos de preços anteriormente adiados ou cancelados.

Embora as projeções sejam mais otimistas, os analistas apontam a questão fiscal como o principal tema para os próximos dois anos no país. Eles esperam que o governo permaneça comprometido com o teto de gastos e a aprovação de reformas emergenciais, o que deve permitir ao governo recuperar alguma credibilidade fiscal. Com isso, o  Credit aponta três fatores que podem ser positivos para o tema: aprovação rápida das reformas emergenciais; uma recuperação mais forte da economia e menor pressão social para aumento de gastos; e uma agenda de privatizações e concessões mais ampla que a esperada. 
 

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