Brasil tem a 4ª maior taxa de desemprego do mundo

Ranking da Austin Rating mostra que taxa de desemprego no país é o dobro da média mundial

Por Da Redação
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Brasil tem a 4ª maior taxa de desemprego do mundo

Foto: Agência Brasil

Dados do ranking da agência de classificação de risco Austin Rating, que reúne informações de mais de 40 países, apontam que, embora tenha mostrado tendência de queda, a taxa de desemprego do Brasil é a 4ª maior entre as principais economias do mundo. De acordo com o levantamento, o desemprego no país é mais que o dobro da taxa média global e também o pior entre os integrantes do G20 que já divulgaram números relativos a agosto ou setembro deste ano.

Na semana passada, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou um levantamento que aponta que a taxa de desemprego no Brasil caiu para 13,2% no trimestre encerrado em agosto, atingindo 13,7 milhões de trabalhadores. Antes da chegada da pandemia da Covid-19, doença causada pelo novo coronavírus, o índice estava abaixo de 12%, saltando para 14,7% no 1º trimestre de 2021.

De acordo com o ranking, apenas Costa Rica, Espanha e Grécia registraram em agosto uma taxa de desemprego maior que a do Brasil. Dos países que compõem o G20, apenas 3 ainda não divulgaram números oficiais de desemprego no 3º trimestre: África do Sul, Arábia Saudita e Argentina. No conjunto de países da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), a taxa de desemprego caiu para 5,8% em setembro, e agora está 0,5 ponto percentual acima do patamar pré-pandemia, de fevereiro do ano passado (5,3%). 

"Essa é uma fotografia clara de quanto o Brasil está perdendo na geração de emprego. Entre esses 44 países estão concorrentes diretos e outros emergentes como Cingapura, Coreia e México. Nestes países, a taxa de desemprego chega a 4%, 5%, no máximo", afirma o economista-chefe da Austin Rating, Alex Agostini.

Expectativas e projeções 

Anteriormente, a  Austin Rating apontou em um levantamento elaborado a partir dos dados do Fundo Monetário Internacional (FMI) que o Brasil teve a 21ª pior taxa de desemprego do mundo em 2020. Nessa pesquisa, o ranking tinha 111 países. A taxa média de desemprego do Brasil no ano passado foi de 13,5%, a maior da série iniciada em 2012. Em 2019, foi de 11,9%. O FMI projeta uma taxa média de 13,8% em 2021, o que faria o país terminar o ano com o 14º pior desemprego do mundo. 

"O Brasil deve crescer menos do que as expectativas e tem economistas falando até em recessão em 2022, o que pode piorar a posição do Brasil no ranking de desemprego. Estamos por exemplo muito próximos da Grécia, que vem melhorando a cada ano o seu ritmo de crescimento econômico", afirma Agostini.

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