Brasil tem a segunda pior alta na inflação do atacado no mundo
Taxa só é menor que a registrada na Argentina

Foto: Reprodução/ Agência Brasil
A indústria e o varejo brasileiro tem tido aumentos expressivos no preço dos alimentos, petróleo e minério pela conversão de seus preços em dólar para o real, já que a cotação da moeda norte-americana também não para de subir. Essa inflação dos custos de produção, medida pelo Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA), divulgado pela Fundação Getulio Vargas (FGV) nesta terça-feira (30), já acumulou 42,6% nos 12 meses até março.
A lista de produtos básicos que estão disparando no país e puxando o custo para cima inclui soja, trigo, milho, petróleo, açúcar, minério de ferro, chapas de aço, insumos químicos e farmacêuticos.
De acordo com um levantamento feito pela economista Andrea Damico, da gestora de investimentos Armor Capital, no qual observou como está a inflação do atacado dos últimos 12 meses em 71 países, o Brasil ocupa o segundo lugar do ranking, com 41,8%. Em primeiro, está a Argentina, que sofre para conseguir pagar sua dívida e vive com uma inflação descontrolada há anos, onde acumula 46%.
"O Brasil está passando por um choque muito forte de commodities e sem alívio cambial. Pelo contrário, o dólar também está subindo. O resultado é essa alta assustadora no atacado, que é uma das maiores do mundo", disse ela em entrevista à CNN Brasil.


