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Brasileiro troca arroz, feijão e carne por salgado para economizar com almoço, aponta pesquisa

Em 2022, os brasileiros consumiram 170 milhões salgados prontos a mais na comparação com 2019

Por Da Redação
Brasileiro troca arroz, feijão e carne por salgado para economizar com almoço, aponta pesquisa
Foto: Reprodução

Após a pandemia causada pelo Covid-19 no Brasil, milhões de brasileiros trocaram o prato feito pelo salgado nas refeições fora de casa. Esse movimento foi detectado pela consultoria Kantar, que monitora o consumo fora de casa de alimentos e bebidas em sete regiões metropolitanas do Brasil.

Em 2022, os brasileiros que vivem nessas regiões consumiram 170 milhões salgados prontos a mais (quibe, coxinha, pão de queijo e pastel, por exemplo), na comparação com 2019, antes da pandemia. Já o consumo de refeições, com arroz, feijão e carne, diminuiu em 247 milhões de unidades.

Para chegar ao número de unidades, que expurga o efeito da inflação, a consultoria monitorou diariamente, por meio de aplicativo, o consumo de alimentos e bebidas fora de casa de 4 mil adultos. Eles representam o comportamento de 48 milhões de pessoas que vivem nas regiões metropolitanas de São Paulo, Rio, Recife, Salvador, Fortaleza, Curitiba e Porto Alegre.

Por outra métrica, o estudo da Consumer Insights mostra que os salgados prontos respondiam em 2019 por 11% do total de unidades de alimentos e bebidas consumidas fora de casa. Em 2022, essa fatia subiu para 15%. Nesse período a participação das refeições encolheu de 7% para 4%.

O salgado ocupava a quarta posição entre os alimentos mais consumidos fora de casa e subiu para a segunda colocação em 2022, passando à frente de sanduíches e pizzas (e perdendo apenas para os snacks doces, que continuaram na liderança nos dois períodos analisados).

Inflação

O salgado pronto e o salgadinho de pacote foram os únicos alimentos fora de casa cujo consumo aumentou nesses três anos (alta de 18% e 4% nos volumes, respectivamente). Já a quantidade consumida de refeições despencou 43%.

O motivo do recuo e da troca da refeição pelo salgado foi a inflação, segundo Romano. Enquanto o preço da refeição aumentou 21% entre 2019 e 2022, segundo pesquisa da consultoria, o valor do salgado subiu 10%.

A troca da refeição pelo salgado foi puxada pelas classes de menor renda (C, D e E), que sentiram mais a inflação: o preço médio da refeição fora de casa cresceu 36% para as classes D e E; 24% para classe C; e recuou para classes A e B. Isso porque a refeição dos mais ricos inclui outros ingredientes, enquanto o prato feito de quem ganha menos foi afetado pela alta das commodities, como arroz, feijão, carnes e óleo — ingredientes básicos dessas refeições.
 

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