Butatan registra pedido de autorização à Anvisa para uso no Brasil de vacina contra Chikungunya
Nos testes, a vacina induziu a produção de anticorpos neutralizantes em 98,8% dos voluntários

Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/ Agência Brasil
O Instituto Butantan, enviou nesta terça-feira (12), um pedido de registro definitivo para uso no Brasil da sua candidata a vacina contra a chikungunya, desenvolvida em parceria com a farmacêutica franco-austríaca Valneva.
O imunizante se mostrou seguro e imunogênico em dois ensaios clínicos de fase 3, sendo o segundo coordenado pelo Instituto Butantan em voluntários adolescentes no Brasil. O estudo mostrou que a vacina induziu a produção de anticorpos neutralizantes em 98,8% dos voluntários. Em novembro, a vacina foi aprovada para uso nos Estados Unidos pela Food and Drug Administration (FDA), agência reguladora norte-americana.
“Os resultados dos nossos ensaios clínicos foram muito positivos. Isso nos deu segurança para entrarmos com o pedido de registro junto à Anvisa. Assim, damos mais um passo para disponibilizar esse importante imunizante para a população”, afirma Esper Kallás, diretor do Instituto Butantan.
De acordo com Boletim Epidemiológico da Secretaria de Vigilância em Saúde e Ambiente do Ministério da Saúde, até o início de setembro foram confirmadas 82 mortes por chikungunya no Brasil, com uma taxa de letalidade de 0,06%, e notificados 143 mil casos prováveis, com incidência de 67,4 casos a cada 100 mil habitantes.
A chikungunya é uma doença viral transmitida pelos mosquitos Aedes aegypti e Aedes albopictus. Alguns casos podem ser assintomáticos e outros podem causar febre acima de 38,5° e dores intensas nas articulações de pés e mãos, além de dor de cabeça, dor muscular e manchas vermelhas na pele. O principal impacto de saúde pública são as sequelas deixadas pela doença – as fortes dores articulares podem se tornar crônicas e durar anos.