Buzão, Buzão, não me meta em confusão!

[Buzão, Buzão, não me meta em confusão!]

FOTO: Foto Montagem

Desde que  interveio na CSN e assumiu a prestação dos serviços na Bacia de operação em que esta atuava, a Prefeitura tem se enredado em problemas variados na gestão dos serviços dos ônibus. Com a operação direta - após a extinção do contrato de concessão com a CSN - as dificuldades da Prefeitura aumentaram e muito. Além da incapacidade de gestão de uma operação sabidamente complexa, a burocracia para a aquisição de combustível, peças de reposição e outros insumos, dificultam muito a sua atuação, gerando a depreciação dos veículos e redução da oferta da frota  em operação, importando em atrasos no atendimento das linhas, veículos lotados e, muitas vezes, quebrados e parados nas ruas, deixando o pobre coitado do usuário - principalmente os mais vulneráveis, que realmente não tem outra opção a não ser pegar Buzú - na mão. Após longo período de Intervenção e operação direta, o serviço só piorou e Bruno Majestade ainda conseguiu a façanha de ter que administrar inúmeras paralisações de funcionários, em razão do atraso no pagamento das rescisões contratuais, além de reclamações pelo não pagamento retroativo do ticket alimentação aos prestadores que fazem a manutenção dos ônibus, deixando um clima ruim e de total insegurança, aumentando, consequentemente, ainda mais, as reclamações dos usuários e esticando um problema que não parece ter solução. 

Tendo iniciado a Operação direta com a Requisição Administrativa de 535 veículos, a Prefeitura, por falta de manutenção ou outras razões, opera atualmente com cerca de 150 veículos, arcando não apenas com as críticas da péssima prestação de serviços mas, também, com prejuízos elevados que superam a dez milhões de reais segundo as fontes ouvidas pelo Farol da Bahia. Tudo isso sem considerar os reclamos da CSN, que está com todo o seu patrimônio requisitado pela Prefeitura e, segundo ela, sendo dilapidado pela falta de manutenção e retirada de peças de veículos parados, afirmando ter prejuízos e sem nada receber pela indisponibilidade de seus bens, dificultando ainda mais a sua vida e a direcionando para uma inexorável falência.

As informações obtidas pelo Farol indicam que a receita conseguida pela Prefeitura com a venda de passagens aos usuários, não é suficiente sequer para atender a Folha de pagamento dos cerca de 2.800 empregados, muitos dos quais, mantidos ociosos por falta de veículos para operar. Em razão da baixa produtividade, Brunildo tenta de todo jeito se livrar do problema e transferir a operação para a iniciativa privada, mas ainda não encontrou o caminho adequado. Buscou empresários no País e não encontrou resposta positiva porque ninguém quer pegar o BO da "herança" do passivo trabalhista. O prefeito  então, fez um chamamento público em julho para a contratação emergencial de operadora e somente a Concessionária Ótima - que já opera em uma das bacias da cidade - fez uma oferta e, até hoje, a Prefeitura não decidiu pela sua contratação. As últimas informações dão conta de que o prazo da contratação dos empregado pelo REDA - que atuam na operação direta - termina no início de outubro próximo e a prefeitura pretende não renovar os contratos e quer sair da Operação transferindo as linhas da CSN para as outras duas Concessionárias - a Ótima e a Plataforma - mediante uma reformulação das linhas de transportes, o que pode esbarrar em problemas legais e na indisposição dessas concessionárias em ampliar a sua área de atuação, em razão da insegurança que possuem quanto ao pagamento pela prefeitura da indenização pelo desequilíbrio contratual derivado da perda de passageiros em razão da pandemia. Bruno - que ainda é Majestade mas que, pelo andar da carruagem real, pode se transformar em "Henrique II" - enfrenta seu pior problema. Carregou a Intervenção por longos nove meses, está completando seis de Operação direta e nada melhorou A prefeitura reconhece que só perde dinheiro, segue sem solução e faz com que a população continue a sua saga de sofrimento diário para conseguir se locomover. A herança politica advinda desta Treta é que, sem ter readequado os serviços, o prefeito corre o risco de arcar com o prejuízo político de deixar mais de 1000 funcionários  desempregados após o fim do contrato do REDA, que, aproveitados na Operação direta, tiveram postergados o pagamento de suas indenizações e podem ficar com uma mão na frente e outra atrás! Não bastasse isso, Bruno deve enfrentar entraves técnicos, jurídicos, negociais e burocráticos para a transferência das linhas que eram da CSN para as duas outras empresas "coleguinhas" que são, no momento, a única opção. 

O Carvalho, em momento de bondade raro, tentou falar com a prefeitura através de uma coleguinha baiana e a SEMOB ignorou solenemente o pedido de explicação.

Vamos esperar - sentados porque o ônibus demora cada dia mais a passar - para ver onde vai chegar o ponto final desta enrolada linha!


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