Cadastro no Conecte SUS não será obrigatório na vacinação contra Covid-19
Plataforma do Ministério da Saúde será utilizada na campanha para controlar o número de vacinados

Foto: Reuters
O governo federal esclareceu nesta segunda-feira (11), que a informação de que será obrigatório ter cadastro no Conecte SUS para ser vacinado contra a Covid-19, doença causada pelo novo coronavírus, é falsa. A plataforma do Ministério da Saúde será utilizada na campanha de imunização, mas como uma facilitadora para o controle de quem já foi imunizado e para acompanhamento da aplicação das doses.
O Conecte SUS, lançado em 2019, é um aplicativo criado a partir do antigo Meu DigiSUS e tem o objetivo de reunir o histórico de saúde de cada usuário das redes públicas e privadas de saúde. Atualmente, permite acesso a informações como, por exemplo, o histórico de vacinas e o resultado de exames do novo coronavírus em laboratórios credenciados, dentre outros dados, e permite a emissão de uma versão virtual do CNS.
Em relação a vacinação contra Covid-19, o governo informou ainda que a identificação do cidadão também pode ser feita pelo CPF ou pelo Cartão Nacional do SUS (CNS). No plano nacional, o app aparece como uma das tecnologias que vão facilitar a identificação dos grupos prioritários e o controle das doses aplicadas, a partir dos registros feitos no Sistema de Informação do Programa Nacional de Imunizações (SI-PNI).
“Uma solução tecnológica está em desenvolvimento, por meio do Departamento de Informática do SUS (DATASUS), com o objetivo de simplificar a entrada de dados e agilizar o tempo médio de realização do registro do vacinado no SI-PNI, além de considerar aspectos de interoperabilidade com outros Sistemas de Informação e integração com a Rede Nacional de Dados em Saúde (RNDS) ”, diz o texto.
Segundo o plano, o sistema possibilitará a utilização de QR-Code para identificar o cidadão durante o processo de vacinação , cujo código pode ser gerado pelo Conecte Sus. “O cidadão que faz parte dos grupos prioritários elegíveis para a vacinação, mas que chega ao serviço de saúde sem o seu QR-Code em mãos não deixará de ser vacinado”.
“Para isso, o profissional de saúde terá uma alternativa de busca no SI-PNI, pelo Cadastro de Pessoa Física (CPF) ou Cartão Nacional de Saúde (CNS), um fim de localizar o cidadão na base de dados nacional de imunização e tão logo avançar para o ato de vacinar e de execução do registro da dose aplicada. Será realizado pré-cadastro para alguns grupos-alvo”, diz o plano.
O plano nacional de vacinação, apresentado em dezembro pelo governo federal, estima que serão necessárias 108,3 milhões de doses para imunizar todos os grupos prioritários em quatro fases, considerando uma aplicação de duas doses. Esses grupos, que incluem profissionais de saúde, idosos, residentes, segurança de segurança e professores, têm cerca de 51,4 milhões de brasileiros.