Camaçari perderá 10% de arrecadação com fechamento de fábrica da Ford

Polo Industrial completa 43 anos de operação em junho

[Camaçari perderá 10% de arrecadação com fechamento de fábrica da Ford]

FOTO: Reprodução/G1

A cidade de Camaçari, na região metropolitana de Salvador, vai ter cerca de 10% de perda na arrecadação de receitas após o encerramento das atividades da fábrica Ford no Brasil. O Polo Industrial de Camaçari completa, em junho, 43 anos de operação sendo um dos maiores complexos industriais integrados do Hemisfério Sul, desempenha papel importante no setor produtivo do estado.

O prefeito de Camaçari, Elinaldo Araújo, contou ao G1 que a cidade, que tem arrecadação anual de cerca de R$ 1,3 bilhão em impostos, perdeu R$ 30 milhões do Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza (ISS) e mais R$ 100 milhões do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) da receita líquida com o fechamento da montadora de veículos.

“Esse ano já perdemos cerca de R$ 30 milhões e a partir do ano que vem cerca de R$ 130 milhões. O município tem uma receita anual de R$ 1,3 bilhão e vai perder R$ 130 milhões, vai perder mais de 10% da capacidade de arrecadar. Sendo que a receita era de recurso próprio e o R$ 1,3 bilhão era toda a receita. São receitas do Fundeb, do SUS, que juntas dão esse total”, disse o prefeito de Camaçari.

Além da perda de receita, o município vai registrar mais de 12 mil demissões. O gestor municipal também lembrou das pessoas que não trabalham em empresas relacionadas com a Ford, mas prestam serviços para os funcionários, como escolas, restaurantes e lojas do comércio local. De forma indireta, a Ford ajudava a manter viva uma enorme cadeia econômica em Camaçari.

Muito dos 12 mil funcionários da empresa moravam na cidade e usufruíam do comércio local, hospitais e escolas da região. Elinaldo afirma que o aluguel de casas, empresas que fazem transporte dos trabalhadores, restaurantes, outras fábricas que fornecem peças e equipamentos, como pneus, por exemplo, foram ou serão impactadas pela saída da Ford. “Só (empresas) agregada soma mais de 12 agregadas. As pessoas compravam no comércio de Camaçari, almoçavam no comércio de Camaçari, jantavam, tomavam café, muitos vieram morar aqui, tinham convênio, pagavam escola particular para os filhos”, disse.


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