Câmara de Salvador aprova pacote do Executivo com mudança na Louos, empréstimos milionários e subsídio ao transporte
Oposição votou contra a maioria dos projetos enviados por Bruno Reis à Casa Legislativa

Foto: Divulgação/CMS
A sessão ordinária da Câmara Municipal de Salvador (CMS) desta quarta-feira (24) foi marcada pela aprovação de um pacote de projetos do Executivo e por um desentendimento entre o presidente da Casa, Carlos Muniz (PSDB), e o líder da base governista, Kiki Bispo (União Brasil).
Sem acordo com a APLB Sindicato, o projeto que trata do reajuste salarial e da carreira dos professores foi retirado de pauta. Com isso, Muniz abriu os trabalhos com a votação do projeto que altera a Lei de Ordenamento do Uso e da Ocupação do Solo (Louos).
Apesar de o texto ter sido enviado pelo prefeito Bruno Reis (União Brasil), Kiki Bispo pediu a retirada da matéria de pauta, alegando quebra de um acordo de lideranças após a aprovação de uma emenda do vereador Hélio Ferreira (PCdoB). O pedido foi negado por Muniz, que conduziu a votação e aprovou o projeto com a emenda.
A oposição votou contra. Para a líder da minoria, vereadora Aladilce Souza (PCdoB), a proposta não foi discutida com a seriedade necessária e desrespeita recomendação do Ministério Público da Bahia (MP-BA), que orientou o Legislativo a não apreciar a matéria por conta de mudanças nos mapas do Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano (PDDU), atualmente em revisão.
Empréstimos milionários
Na sequência, os vereadores aprovaram dois projetos que autorizam o Executivo a contratar empréstimos. O PL 338/2025 prevê até R$ 500 milhões em operações de crédito e o PL 339/2025 autoriza até US$ 140 milhões junto ao Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID).
A oposição votou contra, alegando falta de transparência na destinação dos recursos.
Em mensagem à Casa, Bruno Reis afirmou que os valores serão aplicados em obras de mobilidade e infraestrutura, além da substituição de dívidas.
Subsídio ao transporte
Por fim, os vereadores aprovaram o PL 340/2025, que autoriza o subsídio ao transporte público por ônibus convencional e ao Subsistema de Transporte Especial Complementar (STEC).
Desta vez, a proposta contou com apoio da bancada de oposição.