Câmara deve votar Reforma da Previdência hoje
Maia se disse confiante por conta dos 353 votos favoráveis ao encerramento das discussões

Foto: Agência Brasil
A Câmara dos Deputados conseguiu encerrar as discussões sobre a Reforma da Previdência (PEC 6/2019) na madrugada de hoje (10), e agora deve passar a votação do texto. O presidente da Casa, Rodrigo Maia, disse que o ambiente está propício para aprovação depois de negociações que se seguiram durante toda quarta-feira.
"Os deputados e deputadas estão majoritariamente convencidos da importância de votar a Previdência, acho que a gente tem condições de votar os dois turnos nesta semana ainda", falou após o encerramento da sessão durante a madrugada.
Maia se disse confiante por conta dos 353 votos favoráveis ao encerramento das discussões, número muito superior ao necessário para aprovação do texto, que é de 308. "O mérito é o mérito, mas é sempre uma boa sinalização, é uma boa referência", comentou.
Uma nova sessão está prevista para as 9h e os deputados da oposição devem tentar alongar os trabalhos. Entre as críticas, está da liberação de emendas a deputados entre terça e quarta-feira, o que foi denunciado como uma tentativa de comprar votos. O Psol protocolou na Procuradoria Geral da República uma representação contra Rodrigo Maia, o presidente Jair Bolsonaro e o ministro da Saúde Luiz Henrique Mandetta, já que grande parte do liberado foi para a saúde, cerca de R$ 1 bilhão.
Em relação ao texto, pontos que ainda estão pendentes são quanto ao retorno de Estados e municípios ao texto (um destaque neste sentido deve ser apresentado pelo partido Novo), demandas das mulheres quanto à pensão por morte e à proteção à maternidade (que foram negociadas com Maia) e um abrandamento das regras de transição (com destaque do Solidariedade).
"Eu acho que a transição ficou muito pesada e muito difícil de explicar, quase impossível de um trabalhador se aposentar antes dos 65 anos. Por isso, estou fazendo um destaque no plenário para que a gente faça uma transição mais justa, uma transição de apenas 30% a mais do tempo que falta para trabalhar", explicou o deputado Paulinho da Força.


