Capitólio: juíza nega pedido de Trump para impedir acesso a documentos
As escrituras devem ser entregues a uma comissão de investigação do Congresso

Foto: Reprodução/Agência Brasil
Um tribunal americano decidiu na noite desta terça-feira (9) em vitória para os poderes de supervisão do Congresso, que o comitê da Câmara dos Deputados dos Estados Unidos, que apura o ataque de 6 de janeiro ao Capitólio, agora pode acessar os registros da Casa Branca e do ex-presidente Donald Trump.
Os documentos que contém informações sobre a invasão do prédio por apoiadores do então presidente republicano, devem ser encaminhados a uma comissão de investigação do Congresso, apesar das tentativas do ex-presidente de mudar a medida.
A juíza distrital americana Tanya Chutkan no Distrito de Columbia não aceitou o argumento dos advogados de Trump, na qual diz que os registros telefônicos, de visitantes e outros documentos da Casa Branca não deveriam ser acessados pelo comitê.
"O tribunal considera que o interesse público está em permitir, e não proibir, a vontade combinada dos Poderes Legislativo e Executivo de estudar os acontecimentos que ocorreram e conduziram ao 6 de janeiro", disse a juíza federal Tanya Chutkan.
Segundo Trump, os materiais solicitados pelo comitê estavam cobertos por uma doutrina jurídica conhecida como Privilégio Executivo, que permite a confidencialidade de algumas comunicações da Casa Branca. Ele ainda pediu uma liminar bloqueando o Arquivo Nacional de cumprir os pedidos do comitê de centenas de páginas de documentos.
Na terça-feira, a comissão da Câmara que investiga a invasão do Congresso, deu início a nova fase de intimações de membros do círculo do ex-presidente, incluindo Kayleigh McEnany, que foi porta-voz da Casa Branca.